Colômbia Cartagena Janeiro 2017
Oi turma
Chegamos a Cartagena já sabendo que estávamos visitando a mais turística cidade da Colômbia em plena férias escolares e que teria muita gente. Afinal, as famosas praias caribenhas de lá e mais as construções históricas listadas pela Unesco com World Heritage são atrativos para visitar a região. Mas tinha mesmo muita gente! Sem falar nos dois navios de cruzeiro que aportavam lá a cada dia, despejando mais 5.000 pessoas nas áreas históricas.
As pérolas são as construções históricas. Cidade cercada de altas e largas muralhas com bastante casas razoavelmente mantidas, mas com alguns prédios modernos de até 10 andares e muito trânsito de carro e carruagens turísticas nas estreitas ruas do centro antigo. A muralha está praticamente preservada, salvo um pequeno trecho que, no passado, retiraram material para outras construções! As igrejas são bonitas, o teatro é um brinco e a casa da alfândega e a torre do relógio fecham a composição com as casas antigas e seus balcões.
O imponente forte que garantia a segurança da corte local foi instalado no alto de uma montanha atrás da cidade histórica, construído inicialmente no século 17 e fortemente ampliado no final do século 18. Mas a localização dele é meio estranha, em especial porque as baterias de canhões estariam apontando para a cidade murada! Vale dizer que a enorme ampliação do século 18 nunca foi testada ou por falta de invasões, ou pelo fato de o país ter se tornado independente.
Entre o forte e a cidade murada fica o bairro XXX com muitos hostels e moradores mais simples (ou vivendo a vida real!), mas com graça e cores.
A área nova, onde ficam os grandes hotéis, shopping centre e apartamentos modernos fica em um istmo com praias apertadas e um trânsito curiosamente mal planejado, considerando ser uma área relativamente nova. Ou seja, tudo mal planejado!
As praias estavam lotadas, com barracas de aluguel que se assemelham com barracas de sem teto, cadeiras de aluguel e muuuitos vendedores. Desde os tradicionais salgadinhos, sorvetes e raspadinhas, até carrinhos que vendiam coquetéis de bebidas alcoólicas que passavam espremidos no meio de tanta gente, sem falar nos vendedores de frangos e peixes fritos, massagistas e outras curiosidades oferecidas sem parar para os turistas.
Fomos para as ilhas do Rosário, famosas pela sua beleza e rusticidade, mas são super exploradas recebendo centenas de turistas todo dia, trazidos por incontáveis barcos que fazem a travessia de 1 hora até elas. Alguns, como nós, vem para se hospedar e conhecer as ilhas, mas outros vem apenas para passar o dia! Primeiro nos hospedamos na ilha Grande, onde ficamos dois dias e a conhecemos inteira a pé. Praias pequenas e bonitinhas, com muitos arrecifes te obrigam entrar calçados na água. Tem também uma curiosa formação de mangue. Remamos pelo mangue até sair no mar e fomos remando para outra ilha, até um local onde está afundado um pequeno avião visível de snorquel, apesar da água ser um pouco turva. Em um terceiro dia fomos a Playa Blanca, que já foi conhecida como a mais bonita do pedaço, mas tinha tanto turista, tanta barraca de alimentação com restaurante/cozinha acoplada, tanto vendedor que praticamente cobriram toda a areia e mal dá para ver a praia. Nos jornais locais não faltavam críticas ao governo, que havia feito estudo de impacto e concluído que a praia suportaria 450 visitantes por dia mas estavam registrando mais de 6.000 visitantes, com caos no trânsito e na poluição da região. Mas o governo, sempre muito bem intencionado, estava autorizando mais um complexo hoteleiro na área, sempre com a velha desculpa de que irá criar mais emprego! Esse é o padrão de turismo colombiano - ou Latino Americano - especialmente em tempos de férias escolares e de final de ano!
Daqui seguimos para Isla de San Andres, também colombiana.
Até lá
Zeco e Veva
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