sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Myanmar - Bagan

Oi turma, ou mingalabar (ola em Myanmar)


Bagan e o maximo!!!

Poucos lugares impressionam tanto como Bagan, com seus mais de 4.500 templos em um espaço em que e possível praticamente vê-los do alto dos templos mais altos (7km x 9Km).

São templos de todos os tamanhos e construídos entre o ano 1.050 e 1.280, quando a cidade foi abandonada por medo da invasão dos mongóis ( o rei da época fez a besteira de provocar o poderoso Kublai Khan, neto de Gengis Khan, que na época dominava desde a China ate um pedaço da Europa).

Visitamos os mais bonitos e bem conservados, os mais altos, os mais venerados, os mais curiosos.

Haviam imagens de Buda de todo jeito : enormes e em pe e que a medida que nos aproximássemos ia mudando de feição de sorridente para serio; com dois Budas lado a lado, com um Buda na barriga. Nos afrescos, baixos-relevos (poucos) e nichos com imagens, representações da historia de Buda que estão sendo recuperados com ajuda técnica da Unesco – mas tem muito chão para ficar bom!!!!

Podemos citar diversos nomes de templos como Shwezigon (onde estava sendo comemorado o festival de lua cheia de novembro e os monges ficavam orando com uso de potentes altos falantes ate altas horas da noite), ou o belíssimo Ananda Patho, ou o Thatbynnyu Patho e assim por diante. Mas acreditamos que o visual e que mais vai representar a beleza do local.

Como comentei na ultima publicação, fizemos o trajeto de Mandalay – Bagan de barco, o que foi muito bom e agradável (saímos com o nascer do sol!!). Ficamos hospedados em um hotel na cidade Nyaung Y, que fica na entrada da Old Bagan (da janela do nosso quarto já víamos alguns templos) e que foi muito bom, especialmente no dia que dedicamos a fazer visitas aos templos de bicicleta.

Visitamos também uma vila de moradores locais e vimos como eles fazem óleo de amendoim, desde a colheita, secagem, torração e moagem (a Veva ajudou). As casas são construídas com bambus e o fechamento com cascas de um tipo de palmeira local. Bem interessante como são resistentes. Ate cadeiras são feitas desta folha de palmeira e são bem confortáveis.

Fomos assistir os famosos shows de marionetes, que em Myanmar e especialmente em Bagan, são uma tradição. A curiosidade são as historias e as musicas típicas que acompanham o show. Não casa uma coisa com outra. Bem divertido!!!

E fechamos nossa viagem por Myanmar assistindo os monges passarem na busca diária de doacoes e alimentos que os comerciantes e donos de diversos restaurantes fornecem sem pestanejar.

Adoramos Myanmar e recomendamos a todos como um destino imperdível.

Ate a próxima

Zeco e Veva

Myanmar - Mandalay

Oi turma, ou Mingalabar (Ola em Myanmar)


Mandalay e as cidades ao seu redor merecem um capitulo especial de nossa viagem. Afinal e a região com maior numero de ex-capital do pais : Sagaing – de 1315 ate 1364; Inwa – de 1364 ate 1841; Amarapura – de 1841 ate 1860 e Mandalay – de1860 ate 1885.

E também a região com maior concentração de monges e freiras budistas de Myanmar. Ate 2007, 60% dos religiosos estavam na região. O governo estimulou o “retorno” as vilas de origem mas a população de monges continua grande. Visitamos um monastério onde estudam 1.600 monges budistas!! (Ali acompanhamos a organizada hora de almoço deles). E e bem comum ver grupos de freiras budistas com suas túnicas cor-de-rosa, caminhado pelas ruas em busca de doações.

Uma das imagens mais importantes de Mandalay e a imagem de Buda (que e datada como sendo do século I) que com o tempo, em função dos fieis aplicarem folhas de ouro na imagem como oferenda, fez com que ela crescesse bastante. E a imagem mais venerada de toda região e das mais importantes de Myanmar. No mesmo conjunto tem algumas imagens de bronze que foram trazidas do acervo do império cambodjiano do Khmer (século 8 a 12) e que tem poder de cura!! Você passa a mao na área da estatua que pretende curar em você e em seguida em você ... e esta curado ou encaminhada a cura!!!! Não perdemos essa oportunidade!!!!!

Mandalay tinha um imponente Palácio Real, com uma boa muralha e cercado por um grande fosso de água e situado na área central. Foi bombardeado na Segunda Guerra Mundial pelos japoneses e pouco sobrou dos predios. No local tem uma reconstrução recente do que seria o Palácio. Por sorte, o ultimo imperador havia desmontado um templo que ficava na área bombardeada e montado em outra região da cidade – O Golden Temple ou Shwenandaw. Verdadeira obra de arte em madeira Teca esculpida e, a época, pintada em ouro. Da pintura em ouro pouco sobrou mas e possível ter uma boa idéia da maravilha de trabalho em madeira que era constituído todo o Palácio Real. E de uma riqueza de detalhes e de um refinado acabamento que impressiona e que vem durando mais de 150 anos. Imperdível!!!

Outra curiosidade de Mandalay e o maior livro do mundo que esta instalado no templo Kuthodaw. Esta gravado em 729 pedras de mármore de 1 metro de altura e cada uma instalada em uma pequena estupa. Ao lado tem o templo Sadamuni que abriga outro conjunto de livros com o mesmo jeitão e estão abrigados em quase 1.800 pequenas estupas. Isso que dizer que um grande quarteirão da cidade esta dedicado a abrigar mais de 2.500 estupas!!!

Fomos assistir a apresentação dos Moustache Brothers Troupe, que excepcionalmente fazem uma divertida critica política ao governo – o que já lhes custou alguns anos de prisão – e algumas danças típicas de Myanmar, com dançarinas bem robustas. Só turista esta autorizado a assistir aos shows!!!

Das cidades ao redor de Mandalay vale o destaque a Inwa, cujo acesso se faz através de travessia de barco e o tour em uma charrete. O ponto alto e um monastério em madeira Teca, construído em 1834 e com postes de ate 20 metros de altura e 3 metros de circunferência que suportam o corpo principal da edificação. Há diversas estupas que estão meio abandonadas pelo trajeto mas que ainda mostram o refinado trabalho da época. Do Palácio Real so restou alguns pedaços dos muros da cidade, uma vez que a madeira das edificações foram utilizadas na construção do Palácio de Amarapura e daí para Mandalay (o que dava para aproveitar, claro).

Nesse meio todo visitamos Mingun, onde um imperador tentou construir o que seria uma enorme pagoda. A obra parou com a morte do monarca e ruiu com o terremoto de 1838. Não deixa de ser impressionante, com uma base com 80 metros de cada lado.

Em Mingun tem outras 3 curiosidades : Um gigantesco sino de bronze (o maior do mundo sem fissuras), o interessante templo Hsinbyume, com arquitetura diferente do padrão Myanmar e os taxis em carros-de-boi (únicos no mundo ate agora!!!!).

Para fechar a visita a região fomos a Sagaing, que e conhecida como a cidade das 500 grandes estupas ( tida como o local que os monges visitam quando estão estressados!!!!! Tentei saber como podem ficar estressados mas não fui bem sucedido! ) e Amarapura, cujo o principal destaque e a ponte U Being’s, de 1.300 metros de extensão e construída há 200 anos em madeira Teca e ainda bem resistente e bem utilizada.

Foram 3 dias intensos e resolvemos que nos deslocaríamos para Bagan de barco (9 horas) ao invés de irmos de carro (7 horas). Boa decisão!

Assim, nos vemos em Bagan.

Ate La,

Zeco e Veva

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Myanmar - Yangon, Bago, Kalaw, Pindaya e Inle Lake

Oi turma, ou Mingalabar como se diz ola em Myanmar.


A nossa viagem para ca foi uma sequencia de boas supresas. Pais super calmo, sem nenhuma presenca de militares nas ruas, muito sossegado para andar por onde quisessemos sem qualquer sobressalto. Chegamos 5 dias depois das eleições e dois antes de libertarem Aung Suu Kyi, a mulher ícone da democracia local.

Povo alegre apesar do regime militar e seus milhares de espioes!

Começamos pela antiga capital, Yangon. Alias e um pais com um numero incrível de antigas capitais e visitamos algumas delas. Isso por que os reinados foram se sucedendo e os reis iam mudando a capital para as areas de sua maior influencia. O mesmo aconteceu com Yangon, que foi a capital ate 5 anos atrás. Agora a capital e Nay Pyi Taw, que também visitamos por estar no caminho de nossa viagem de carro(cidade nova e funcional, sem nenhuma graça arquitetônica).

Mas vamos falar de Yangon inicialmente, que fica as margens do Yangon River.

Cidade que teve dominação inglesa ate 1948. As obras de manutenção devem ter parado naquela época!!!! Calcadas muito mal conservadas e com grandes buracos e onde não tem buraco tem barraca de vendedor de tudo o que e produto ou as tradicionais vendas de deliciuras comestíveis locais com bastante pimenta ou, que e uma novidade do que vimos nos países da Ásia, barracas para fazer ligações telefônicas a preços módicos (puxam um fio dos prédios e instalam 4 linhas em baixo de um guarda-sol e fazem uma boa oferta por minuto )e muito indiano tentando passar a perna na troca de dólares por Kiats. Os antigos predios da administracao britanica agora sao multi coloridos e mal conservados.

Mas a cidade guarda alguns tesouros, como o templo dourado Sule, que fica no centro da cidade, em uma praça circular, e esta la há mais de 2.000 anos. E maravilhosa!

Outro tesouro e o templo Shwedagon. Esse sim, coberto de ouro. Há quem diga que no conjunto tem mais ouro que no Banco da Inglaterra. A estupa principal tem mais de 100 metros de altura e no topo um conjunto de pedras preciosas impressionante ( mais de 1.300 rubis e outras pedras preciosas e mais de 5.500 diamantes sendo que o que fica bem no topo tem 76 carats) e todo conjunto tem dezenas de construções e templos de vários tamanhos, com estatuas de Buda de todos os tamanhos, alguns dourados outros de mármore. E alguns sinos (inclusive um de 23 toneladas que os ingleses não conseguiram levar para fazer canhoes!).

Em outra região da cidade, outro templo que guarda um tesouro de elevado simbolismo – um fio de cabelo do Buda. O templo e bonito e o altar onde esta a relíquia, de ouro, muito bonito e reverendado.

Em outro canto da cidade, um enorme Buda deitado do mundo. Realmente impressionante.

Resolvemos conhecer Myanmar de carro e contratamos um com motorista. Como as estradas são precárias, alguns trechos com mais crateras que a lua, achamos que valeu a pena mas fez a viagem ser um pouco cansativa em alguns trechos. A mao de direção e outra curiosidade de Myanmar – ate 1965 a mao de direção era inglesa e mudou para o padrão que temos no Brasil, mas ate hoje o pessoal continua dirigindo carros com direção do lado direito....muito louco....carros ônibus, caminhões tudo com direção do lado errado!!!

Assim partimos para o interior. Primeira parada Bago, que também foi capital do pais por um período. Belos templos e estupas (uma delas em recuperação, com uma estrutura de bambu ao seu redor e que um turista italiano comentou conosco que ele achava que estavam raspando todo ouro da estupa) e uma boa reconstituição do que foi o palácio real. Aqui também tem uma imagem de Buda deitado e que e a maior do mundo.

Fomos dormir em Taungoo, outra antiga capital do pais, mas sem atrativos de construções antigas.

De Taungoo seguimos para Kalaw, nas montanhas, onde nos suprendemos com a agricultura local. Ate aqui a maioria dos campos eram de arroz e um pouco de pimenta. No platô que vai de Kalaw a Pindaya, enormes plantações de vegetais e frutas. E a cidade de Kalaw tinha um templo com estupa diferente das que vimos em toda Myanmar.

Pindaya e sua cave e uma curiosidade. Tem mais de 8.000 estatuas de Buda dentro da caverna, alguns com centenas de anos mas a maioria recentes. São oferendas de pessoas de diversos países budistas da Ásia, com direito de deixar o nome inscrito na base da oferenda.

E fechamos essa parte da viagem em Inle Lake, outra interessante e imperdível região do pais. Logo chegando nos deparamos com um monasterio construido em madeira Teca e que esta la ha 150 anos e em uso, com monges estudando as escrituras.

Alias e impressionante como exploraram e continuam explorando a madeira de Teca - cruzamos com dezenas de caminhoes carregado de troncos enormes de madeira Teca.

O lago propriamente dito tem caracteristicas proprias com suas diversas vilas instaladas nas margens ou em palafitas, seus pescadores que remam com uma perna enquanto usam as duas mãos para lançar as redes e armadilhas de pesca, com suas extensas plantações flutuantes de tomate, feijão, couve-flor e flores, com suas vilas em palafitas e templos que acharam seu espaço no meio de lago tão grande. E um lago com muita vida e muita atividade. Visitamos o mercado local e nos impressionou a quantidade de produtos ofertados. Ainda em Inle Lake vimos a maior manifestação de preparação do festival da Lua Cheia de Novembro, em que são feitas doações em produtos pelos cidadãos aos templos (que serão convertidos em prêmios por venda de rifas) – praticamente feriado na cidade, com os alunos das escolas em fila em conjunto com os comerciantes e fazendeiros mostrando o produto da coleta das ultimas semanas.

De Inle Lake seguimos para Mandalay, que vai merecer um capitulo só para ela.

Ate a próxima

Zeco e Veva

Butao

Oi turma, ou como se cumprimenta no Butao, Kuzoo Zangpo.


Concluimos mais uma etapa de nossa viagem pela Asia. Dessa vez foi a visita ao Butao.

A viagem de aviao do Nepal-Kathmandu para o Butao-Paro e simplesmente espetacular. O Himalaya segue todo o tempo a esquerda do aviao e era la que estavamos! E uma sucessao de altas montanhas, algumas ja velhas conhecidas como Cho-oyo, Everest, Lhotse e Lhotse-xa. Outras que vimos pela primeira vez - Makalu e Kachenchuga - todas com mais de 8.000 metros de altura e que praticamente se conectam por um paredao de 6.000mts a 8.000mts. A viagem de aviao ja vale o passeio!!

Butao e um pais simples com forte concentracao em atividades agricolas e um curioso arroz vermelho, que e muito gostoso (melhor que o tradicional arroz branco).

O governo e uma monarquia democratica (os parlamentares sao eleitos pelo povo e o rei tem direito de indicar 20% do parlamento - os parlamentares elegem o Primeiro Ministro) e tem um curioso e bem bolado e intricado indice de Felicidade Interna Bruta (Gross National Happiness), que mescla indicadores economicos com indicadores de ecologia, tradicao e manutencao da cultura. O pais, por lei, tem que manter 60% de sua cobertura com florestas nativas, o que ainda e facil, pois o indice ainda esta em 72% mas diminuindo - e nesse percentual nao entra a area das altas montanhas e Himalaya!!!! O que sobra e suficiente para para a populacao de 650.000 habitantes.

E um pais muito religioso e tem um lider espiritual muito respeitado. Para voces entenderem essa importancia, acompanhamos o deslocamento dele de Thimphu para Punakha e as pessoas ficavam na estrada esperando ele passar para receber a bencao dele. E ele parava o carro e abencoava um por um.

O rei e muito querido e muito proximo da populacao. Nosso guia turistico comentou que quando ele se formou na faculdade, toda a turma de formandos foi convidada para passar o dia com o rei e que ele conversou individualmente com cada um, colhendo opinioes e trocando ideias sobre acoes de governo. Comentou tambem que e comum ele se deslocar para as vilas e cidade e colher informacoes diretamente dos cidadoes sobre o que eles estao necessitados.

E um pais cheio de regras alinhadas ao indice de Felicidade Interna Bruta. Um bom exemplo e que as casas e construcoes tem que ter janelas e acabamentos tradicionais - o que deixa o pais bem simpatico visualmente.

Como todos os paises da Asia, tem muita construcao em andamento. Tem ate uma cidade inteira sendo construida (4 quarteiroes quadrados, que para o Butao e quase uma metropole), proxima ao Wangdiphodrang Dzong.

As grandes construcoes e fortalezas foram construidas nos seculos 16 e 17, em um tempo que o poder temporal e espiritual estavam concentrados no lider espiritual. Isso mudou no seculo 19 e a atual monarquia teve inicio em 1905.

Com isso, essas grandes construcoes, as Dzongs, sao verdadeiras fortalezas com templos budistas importantes dentro delas mas tambem com escritorios administrativos do poder publico. Na capital do pais, Thimphu, os escritorios do rei, do primeiro ministro, dos ministros de estado e o judiciario ocupam boa parte do Thimphu Dzong - outra parte e ocupada pelos monges budistas. O mesmo ocorre nos Dzongs dos demais distritos. E todos convivem bem nessa mescla de atividades e objetivos.

Os Dzongs de Thimphu e de Punakha sao os maiores e foram os que mais nos impressionaram. Os acabamentos em madeira entalhada e pintada sao maravilhosos e cheio de simbolismos religiosos. Mas como sao predios administrativos, passaram e continuam passando por renovacoes que vao aos poucos substituindo os acabamentos tipicos de construcao de 400 anos atraz por acabamentos mais modernos e eficientes (por exemplo os telhados eram de madeira em varios layers e amarradas e, para garantir que nao voariam, com pesadas pedras em cima e estao sendo substituidos por eficientes telhados de zinco - uggly!!).

Ha algumas construcoes recentes que celebram vitorias sobre dissidentes separatistas, como as 108 estupas em Dochula Pass - que da um bom visual com o Himalaya ao fundo - como tambem a grande estupa em Thimphu para acolher os restos mortais do avo do presente rei. La em Dochula Pass tivemos a sorte de pegar dias bonitos tanto na ida quanto na volta e a oportunidade de fotografar a montanha mais alta do pais, com 7.400metros - belo close, nao acharam?!?!

Alem das curiosidades construtivas e de governo tivemos a oportunidade de presenciar uma aula de jovens monges no monasterio Chimmi, que fica perto de Punakha. Os menores, com 7 a 8 anos ficavam "pescando" e quase dormindo repetindo os mantras de leitura facil (para iniciantes). Esse monasterio tem como principal divindade a deusa da fertilidade e quem o visita recebe uma bencao do monge de plantao : com um falo de madeira mais uma peca religiosa budista ele da um leve toque no topo da cabeca de cada abencoado! Dizem que quem visita o templo tem grande chance de vir a ser pai ou mae proximamente.....o que nao sera o nosso caso!!!

Visitamos uma area mais remota - Gangtey Valley - onde tem um monasterio antigo e tambem e local que recebe a migracao de Black-Necked Cranes, que sao passaros bonitos porem so se consegue observa-los de potentes binoculos. Tivemos sorte pois ja haviam chegado 16 passaros !!!!!!

Em Paro, que e onde esta localizado o unico aeroporto internacional do pais, tivemos a oportunidade de ver uma apresentacao de dancas e musica folcloricas e que sao parte dos diversos festivais que tem no Butao. Se voces forem para la fora da epoca dos festivais, vale a pena assistir apresentacoes como esta, com dancas com mascaras e musicas que cantam sempre temas religiosos ou relacionados (nao sao cancoes que falam de amor ou paixao).

Vimos tambem os times de arco-e-flecha disputando tiro-ao-alvo. E o mais importante esporte nacional e a unica modalidade que o Butao participa nas Olimpiadas (medalha de ouro em Beijing). Muito legal e impressionente acertar o alvo a 120 metros de distancia!!

O grande final foi visitar o monasterio Taktsang, que fica encravado na montanha, em uma rocha. Impressionante e foi construido no seculo 8 com objetivo de acolher monges budistas para meditacao em local que nao se distraissem!!! O que sera que poderia ser uma distracao no seculo 8 que levava os monges a locais tao inacessiveis??? O desnivel do estacionamento do carro ate o alto da montanha e de 500 metros e, gracas a sabedoria da D. Veva, fomos em poderosos cavalos.

O Butao e um pais simpatico mas nao vale o elevado custo de US$230/pessoa/dia que o governo cobra, mesmo sendo tudo incluido (hospedagem, refeicoes, guia, carro, motorista). Os hoteis sao simples e a comida bem basica. De qualquer forma, ha um grande esforco do governo de melhorar os servicos e pode ser que va ficando melhor no futuro.

Nosso proximo objetivo e ir para Myanmar(finalmente) e para tanto seguimos para Bangkok - Tailandia, para tirar visto e organizar as proximas etapas da nossa viagem.

Ate a proxima
Zeco e Veva

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Nepal - Gokyo Valley Trek (Everest)

Oi turma
Mais uma aventura concluida. Dessa vez no parque Nacional de Sagarmatha (este e o nome nepales do Everest).
A aventura comeca no aeroporto, em Kathmandu. Uma muvuca! Ainda mais que o tempo nao estava essas coisas e outubro e a alta estacao para trekking no Himalaia. Os voos para Pokhara(Annapurna) saiam direto mas para Lukla, onde comecou o nosso trekking, nada. O voo era para sair as 7:30hs da manha mas conseguiu permissao de voo so as 9:30hs. Muitas nuvens e um turista que sentou ao nosso lado(maneira de dizer pois cabe 14 pessoas no aviao e todo mundo fica do lado!!), comentou que no dia anterior, quando estava chegando em Lukla, o aviao fez meia volta e retornou para Kathmandu. Fomos torcendo para que nao acontecesse de novo e conseguimos pousar em Lukla. So 5 voos tiveram essa sorte nesse dia, dos 40 voos diarios.
Tomamos um chazinho em um dos lodges de Lukla, que continua igual ha 4 anos atras, quando fizemos o Everest Base Camp Trek, e fizemos o primeiro trecho, caminhando ate Phakding por 3 horas. Estava frio e ameacando chuva e foi bom parar nessa vila. Logo apos chegarmos caiu uma boa chuva....coisas da montanha. Em termos de altitude, Lukla fica a 2.840 metros e a caminhada do primeiro e segundo dia segue pelo vale do Dudh Koshi River, variando entre 2.500 e 2.900 metros de altura, ate comecarmos a grande subida para Nanche Bazar, a 3.440 metros de altura. Parece moleza subir esses 600 a 700 metros, mas e o primeiro contato com a falta de ar, por causa da altitude. Nao tem quem nao chegue de lingua de fora em Nanche.

No lodge de Nanche Bazar estivemos conversando com os membros de uma expedicao de escaladores que comentaram que na semana anterior havia chovido bastante e havia muita neve nos picos, atrapalhando a planejada escalada. Este tempo chuvoso nao e o esperado para esta epoca do ano. Ficamos torcendo para que o tempo mudasse de humor! A noite, choveu para caramba e o no dia seguinte as montanhas estavam branquinhas de neve fresca.
Mesmo com o friozinho matinal, seguimos a nossa programacao de aclimatacao e fomos ate 3.900 metros de altura, onde fica o Everest View Hotel. Sorte grande e tempo bom e o nosso primeiro visual do Everest(8.848), Lhotse(8.576), Lhotse Shar(8.400) e Amadablan(6.812) e toda a vista do vale que segue ate o Everest Base Camp. Que visual fantastico!!! Mas logo as nuvens comecaram a chegar!!
Dia seguinte partimos para o Gokyo Valley. Tempo frio e meio nublado. Na subida para Mong (3.950) tempo frio de arrepiar, paramos no meio e voltamos para Sanasa, para nos proteger do tempo ruim. Sabia decisao. Mas foi a ultima chuva de todo o periodo. Dai para diante so dias absolutamente maravilhosos, sem nuvens, e noites iluminadas pela lua cheia.
Assim que entramos no Gokyo Valley ja nos deparamos com o Cho-oyo Mountain((8.201) no final do vale. Ao lado direito as montanhas Taboche(6.367) e Cholatse(6.335) com suas neves eternas. A esquerda uma sequencia de montanhas de 5.550 a 6.500 metros de altura. Atras o paredao com os picos Thanserku(6.608) e Kangtega(6.685). Estavamos andando no meio do Himalaya!!!! Maravilhoso!!!
A medida que fomos subindo o vale, fomos sendo envolvidos pelas altas montanhas.
Dormimos uma noite em Dhole, a 4.110 metros. Em seguida em Phang, a 4.440 metros. E chegamos a Gokyo com os seus lagos, a 4.790 metros.
Gokyo e uma vila totalmente focada em turismo. De um lado os lagos. Uma pequena montanha a separa de um enorme glacial, que vem desde o Cho-oyo. Tenho certeza que voces estao loucos para saber o nome do glacial - Ngonzumba Glacier. E um enorme rio de gelo com mais de 15 km de comprimento e de 1 a 3 km de largura. Impressionante.......e gelado!!!
O tempo maravilhoso proporcionou visuais unicos. Mas o friozinho de Gokyo (tao frio que a janela do quarto amanheceu com gelo) nos deu um inicio de gripe e resolvemos voltar.
Fomos dormir em Phortse Thanga, a 3.860 metros, bem na entrada do vale. Descer 1.100 metros foi muito bom para nos e para nossa respiracao.
Dia seguinte seguimos para Nanche Bazar mas antes passamos por Kunjung, para revisitar o monasterio onde tem o Yeti Scalp, que fotografei para registro e para mostrar para as netas. A lenda existiu!?!?!?!?
De Nanche seguimos para o final do trekking, ainda com uma ultima visao do Everest e Lhotse.
Final bom mesmo foi ver o aeroporto de Lukla, com a sua pista inclinada para ajudar na chegada, parando os avioes por gravidade, e na partida para acelerar na decolagem......e voltamos para Kathmandu.
Foi um passeio maravilhoso e confirmamos a nossa opiniao de que as trilhas pelo Himalaya sao as mais bonitas e impressionantes que ja fizemos.
Proxima etepa, Butao. Sem trekking!!!!
Ate la
Zeco e Veva

domingo, 17 de outubro de 2010

Nepal - Kathmandu

Oi turma,

Depois do Annapurna Base Camp Trek resolvemos dar uma parada em Kathmandu e revisitar os pontos turisticos que haviamos estado ha 4 anos atras. Como a parada se estendeu por conta de um grande festival que se comemora exatamente neste periodo, tivemos oportunidade de acompanhar algumas cerimonias e praticas nas pracas onde se concentram os templos - as Durbar Square.

A grande Kathmandu engloba 3 cidades - a propria, Patan e Bhaktapur. Cada uma com a sua Durbar Square. A datacao dos templos varia desde o seculo XV ate o seculo XVIII. Ate 1934 havia bem mais templos que atualmente, mas o grande terremoto daquele ano derrubou parte deles. Os espacos vazios atuais eram totalmente ocupados por templos.

Uma curiosidade religiosa daqui e que ha divindades que sao reverenciadas tanto pelos Hindus como pelos Budistas. Ha ate uma linha de raciocinio que defende que religiao e o Hindu e que o Budismo e uma abordagem filosofica da relacao dos homens com a natureza humana e seus desdobramentos. De qualquer forma, as expressoes religiosas daqui sao predominantemente Hindus e sao fortemente praticadas pela populacao. Tem templos de todo tamanho em todo lugar. E sempre com alguma oferenda.
Esse festival que estamos tendo a oportunidade de acompanhar e o Dashain e e tao importante quanto o nosso Natal. E quando as familias se reunem e celebram a vitoria do Bem sobre o Mal. E quando sao dados presentes aos familiares e e tempo de usar roupa nova. Sao 10 dias de comemoracoes - o feriado nacional e so de 5 dias! E oferendas e o que nao falta!

Estamos ouvindo falar do Dashain desde que chegamos e vimos as grandes preparacoes para ele. Na trilha cruzamos com manadas de cabras que estavam sendo levadas para as cidades para ser vendidas as familias. Ficamos sabendo que essas cabras seriam sacrificadas ou no dia 15 ou 16 de outubro (o festival e uma festa movel e nao e sempre no mesmo dia do ano) em cada casa ou nas pracas e em frente aos principais templos. E foi o que assistimos. E nao so cabras como tambem bufalos. E assistimos tambem os animais serem sacriicados em frente a carros, onibus e caminhoes, pois aqui acredita-se que isto traz sorte para o proximo ano. A carne dos animais sacrificados e aproveitada nas comilancas dos festejos, em cada familia.

Em Kathmandu - Durbar Square, os templos sao mais proximos uns dos outros, pois aparentemente sofreu menos com o terremote de 1934. E tem a importante casa da deusa Kumari, que e uma deusa viva. Para relembrar os estudiosos, a Kumari e deusa ate a primeira menstruacao. Assim que tal fato ocorre ela perde o titulo e os religiosos escolhem outra crianca mulher para assumir o posto. Desta vez nao tivemos sorte de ve-la, devido ao festival. Ela pessoalmente colocava a Tika, que e aquela marca vermelha no meio da testa, apenas nos nepaleses. Uma honra!!

Em Kathmandu visitamos tambem a Boudhanath Stupa, que e tida como a maior estupa da Asia. E tao grande que ao redor tem alem de 2 templos, diversas lojas e restaurantes. Almocamos em um deles, no terceiro andar, com vista para a estupa.

Estivemos tambem no Swayambhunath Stupa, que tambem e conhecido com templo dos macacos, que fica no alto de uma montanha. Ha 4 anos atras nossa visita comecou no sope da monatanha e subimos a enorme escadaria ate o topo, que e muito curiosa e cheia de pequenas estupas e rodas de oracoes. Dessa vez fomos direto ao topo e aproveitamos mais a infinidade de estupas de todos os tamanhos e alguns templos que tem no topo da montanha. Muito interessante.

Ainda em Kathmandu, revisitamos o Pashupatinath Temple, na area que e permitida a estrangeiros. No templo principal, so hinduistas. E nesse local que sao cremados os corpos dos falecidos da religiao Hindu. Sao diversas plataformas a beira do rio( nesse dia tinha 4 cremacoes em curso) e faz parte do ritual jogar as cinzas no rio assim que termina a cremacao. O ritual e bem mais longo que isto, mas esses detalhamento fica para outra oportunidade. O conjunto e bem interessante e bem grande. Vale a visita.

E para quem gosta de compras, tem o bairro do Thamel. Aqui tem tudo o que generico para trilhas, camping, roupas para frio intenso e tudo relacionado a trilhas e aventuras. Lotado de turistas fazendo compras!!!! Nos continuamos resistindo a aumentar nossas pesadas malas!!!

Em Patan estivemos na Durbar Square, que e compacta se comparada com a de Kathmandu e de Bhaktapur, mas os templos sao muito bonitos e ricos em carvings.

E em Bhaktapur, a Durbar Square nos suprendeu pelas esculturas em pedra de grandes animais e divindades.

Em todos eles, a riqueza de detalhes dos entalhes em madeira sao impressionantes. Sao trabalhos de ate 500 anos atras que representam divindades e cenas ou do Kama Sutra em alguns templos, ou cenas de torturas e outras.

Assim curtimos muito a nossa estada em Kathmandu e estamos prontos para o proximo trekking - Gokyo Valley Trek - onde chegaremos proximo do Everest por uma rota diferente da que fizemos ha 4 anos atras.

Ate a proxima
Zeco e Veva

Nepal - Annapurna Base camp Trek

Oi turma
Estamos na terra das altas montanhas. Onde o Himalaya se apresenta de forma mais magnifica. Aqui estao 9 das 14 montanhas com mais de 8.000 metros de altura e, e claro, o Everest. A foto que tiramos do Everest no voo Tibet - Nepal da uma ideia da grandeza que e o Himalya.
Nossa primeira meta foi fazer o Annapurna Base Camp Trek, caminhada que a muito sonhavamos em realizar. E foi uma caminhada de supresas pelo visual muito diferente de nossas expectativas.
A base de partida da trilha e a cidade de Pokhara, no interior do Nepal. Assim saimos de Kathmandu em onibus turistico com destino a Pokhara. 200 km percorridos em quase 9 horas - o normal sao seis horas. As estradas sao muito precarias e de pista simples. As vezes tao simples que so tem asfalto para um carro e meio, ou seja, quando se cruzam os dois tem que por o pneu na lateral da pista. Uma emocao. Sem falar que se algum veiculo quebra ou estaciona na pista para fazer uma rapida compra no mercadinho a beira da estrada, em seguida comeca um novo congestionamento.
Uma vez em Pokhara o visual ja comecou a nos entusiasmar. Da beira do lago que enfeita a cidade e possivel ver boa parte do Annapurna Range e do Dhaulagiri Range( O Dhaulagiri e a setima montanha mais alta do mundo - 8.172metros de altura). A curiosidade e que o Annapurna Range tem 5 picos Annapurna - o 1( que e o que tem 8.091 metros de altura .Os demais variam de 7.200 a 7.900), 2, 3 ,4 e south, alem da imponente montanha sagrada Machhapuchhre ( que por ser sagrada nao e permitido escalar - a montanha tambem e conhecida com Fish Tail) .
Dia seguinte, seguimos para Birethanti, a 1.025 metros de altura, para iniciar a trilha. 3 horas e meia depois chegamos a Tikhedhungga a 1.480 metros de altura. Percurso bonito seguindo o vale do rio Bhurungdi. As vilas se sucedendo e as plantacoes de arroz em terracos enfeitando o visual. Ai o nosso guia fez uma proposta: " Se voces estiverem bem, podemos seguir para a proxima vila". E nos topamos!!! Comecamos a subir uma escadaria sem fim para cumprir os 500 metros de desnivel entre as duas vilas. Contei os degraus....aproximadamente 3.000 degraus escalados em mais de uma hora e meia. E chegamos em Ulleri a 1.960 metros de altura. Ufa!!! Mas valeu a pena. Visual do Annapurna South e Machhapuchhre e dos terracos de arroz e vilas sempre penduradas nas montanhas.
Na pousada nos instalamos em um quarto com banheiro privativo e chuveiro com agua quente. Um luxo para a montanha! Alias o servico e bem superior ao que tivemos ha 4 anos atraz, na trilha para o Everest Base Camp. O Pais melhorou bastante em relacao aquela epoca, apesar de ser bem pobre. Mas a estrutura para atender os turistas nas trilhas tem tido especial atencao do governo.
Dia seguinte seguimos para Ghorepani (2.860m)e tambem nos instalamos em um bom lodge. A curiosidade foi que todos os quartos tem nomes de esportistas famosos. Adivinhem o nome do nosso quarto ... Edson Arantes do Nascimento Pele!!!!!.
Acordamos as 5 da matina para ir ver o nascer do sol do Poon Hill(3.210m). Nos e todos os turistas hospedados na vila. Eramos uma 300 pessoas subindo a montanha com lanternas e headlamps. Nascer do sol esplendoroso, ceu limpo e as montanhas sendo iluminadas uma a uma. mesmo com o frio valeu muito acordar tao cedo.
Daqui para frente a trilha seguiu em um sobe desce inesquecivel. Desce 300 metros e sobe 400 no outro lado dos vales. E assim fomos seguindo a sequencia de vilas - Tadapani (2.630m e o chuveiro nao esquentou brrrrr - observacao: Na saida de Tadapani tem uma floresta de rododendros centenarios muito bonita), Chhonrong(2.170m), Dobhan(2.600m), Machhapuchhre Base Camp (3.700m) e Annapurna Base Camp (4.130m). A partir de Dobhan estavamos caminhando no meio das altas montanhas. O vale fica mais estreito e super ingreme, com paredes de 2.000 a 3.000 metros de altura. As plantacoes de arroz ficaram para traz e as florestas vao escaceando a medida que passamos dos 3.000 metros. Nos 2 Base Camp ja estavamos totalmente cercados pelos Annapurnas 1, 3 e South, Machhapuchhre e outras montanhas de 6.500 a 7.500 metros de altura, mostrando os seus impressionantes glaciares.
Depois de um dia curtindo o visual e uma noite fria no Annapurna Base Camp comecamos a nossa descida, acompanhando o rio Modi, que nasce nos glaciares do Annapurna. Brota agua de todo lado da trilha, com grandes cachoeiras descendo dos paredoes, seja por conta dos glaciares, seja por conta das monsoes, que acabaram ha 1 mes. Rios cheios e caudalosos com algumas pontes que desafiavam os trekers. Isso nao impediu que parassemos na volta em Jhinudanda para curtir a hot spring da regiao. Uma curiosidade! e a beira do caudaloso rio Modi. Quando saimos das psicinas e estavamos fazendo a nossa suave subida de 200 metros para o nosso lodge, cruzamos com um bando de macacos Langur, tipicos da regiao. Alguns dos especimens com 1 metro de altura.
Voltamos a caminhar no meio dos terracos de arroz e voltamos para o ponto de partida - Birethanti.
Vale alguns registros quanto aos turistas que encontramos na trilha. A populacao de acima de 60 anos de idade deve ser proxima a 50% dos turista. Encontramos 6 familias com criancas , sendo que uma delas tinha 3 filhos - o bebe tinha 3 meses de idade , o outro 2 anos e o maior 5 anos!!!
O sobe e desce da trilha e sigficativo e pode adicionar 2.000 metros de ascencao. Mas o roteiro que fizemos e bem melhor do que fazer o sentido contrario.
E muuuuuuuuuito bonita!!!!!!
Voltamos a Pokhara e ficamos descansando 3 dias na cidade e curtindo o nosso feito e a beleza da regiao. Como e tempo de um festival muito importante para os Hindus, a ida aos templos e muito grande. Como tem um templo no meio do lago, os barcos de fieis vao lotados. Outra curiosidade deste festival, que tem uma importancia semelhante ao nosso Natal, sao os enormes balancos de bambu que sao montados em toda Nepal.
Esse e um programa que recomendamos a todos. Uma das trilhas mais bonitas que fizemos.
Nossa proxima parada - Kathmandu, capital do Nepal
Ate la
Zeco e Veva

China - Tibet

Oi turma
Nosso farewell da China foi brilhante. O Tibet superou em muito as nossas expectativas.

Comecando pelo Potala Palace, que era o palacio de inverno do Dalai Lama, que fica encravado em uma montanha no meio de Lhasa. Ao redor e uma grande planicie que a cidade vai ocupando para os 4 lados da montanha. O Potala fica virado para o sul e assim fica iluminado pelo sol todo o dia. Sao 115 metros de altura que temos que subir para chegar ao topo e fazer a visita aos aposentos que estao abertos ao publico. E de uma riqueza suprendente. As estupas com os tumulos de 9 Dalai Lamas estao la e sao de ouro, sendo a mais impressionante e a maior de todas a do 5 Dalai Lama. Mas sao tantas outras pecas com uma riqueza de detalhes e em todos os materiais - ouro, prata, bronze, cobre, madeira, tapecarias e afrescos - que tivemos que fazer duas visitas para poder curtir tudo que esta aberto ao publico. Isto porque na temporada de verao ha uma limitacao de tempo de 1 hora para fazer a visita.

Como nao e permitido fotografar o interior do palacio, estamos levando um livro com os detalhes. So o Potala ja vale a viagem para o Tibet.

Mas o Tibet nao e so o Potala. Aqui tem monasterios e templos realmente impressionantes, seja pela sua grandiosidade e construcao, seja pela incrivel quantidade de imagens com trabalhos que vao desde um Buda de perolas ate enormes imagens de 2 a 3 andares, com trabalhos em metal e madeira complementando-as.

Para dar graca na viagem, a empresa que organizou nossa viagem nos instalou em um hotel que foi a residencia da familia do 11 Dalai Lama ( para quem nao sabe, o atual e o 14 Dalai Lama). Ficamos muito bem instalados e, e claro, proximos dos pontos importantes de Lhasa. Alem do Potala, o Jokhang Temple, que e o mais importante da cidade, fica ha 2 quadras do hotel.

Ao redor dele esta o Bakhor market, estrategicamente instalado para atender os milhares de peregrinos que vem a cidade prestar oferendas nesses templos. Uma das praticas e dar 3 voltas nos lugares sagrados antes de entrar nos templos. Bom lugar para instalar um mercado que vende de tudo que um peregrino precisa, desde roupas e artigos religiosos ate uma boa reforma nos dentes.

Visitamos diversos outros templos e monasterios, cada um com as suas caracteristicas e peculiaridades. Alguns originalmente foram construidos como palacios dos reis e depois se tornaram templos, como o Yulugank(construido no ano 127 antes de Cristo) e o Traduk (que era um palacio de verao), outros ja foram construidos para abrigar a grande expansao da religiao e sao principalmente dos seculos 16 e 17.

Como nao poderia deixar de ser, fomos fazer uma trilha, que era uma antiga rota de peregrinacao entre os monasterios Gandem(depois do Potala, e o conjunto mais impressionante, na nossa opiniao) a Samye. Foram 70 Km completados em 4 dias de muito dura caminhada. Primeiro dia foi moleza e nosso camp site estava a 4.400 metros acima do nivel do mar. Segundo dia foi o bicho, pois tivemos que subir ate 5.200 metros e depois descer ate o proximo camp site a 4.880 metros. 9 horas de caminhada com pouco ar mas tempo muito bom e friozinho. O esquema de acampamento era muito bom, com guia, cozinheiro e 2 Yakman e tropa de 5 yaks para levar toda a tralha que precisavamos. Assim, nos recuperamos com a boa comida tibetana e no terceiro dia passamos por outro passo ha 5.100 metros de altura e descemos ate 4.100 metros - mais 8 horas de caminhada e teste de resistencia para os nossos joelhos - Pra baixo todo santo ajuda!!!!!! e o ar vai melhorando!!!! No 4 dia so alegria!!! em duas hoas chegamos ao ponto final. Vencemos!!!!

O visual da trilha era muito bonito, passando por diversos acampamentos de nomades tibetanos e seus rebanhos de yak. Outra curiosidade e a quantidade de rios e lagos que passamos no percurso. Aguas limpidas e rios ate caudalosos, com pontes improvisadas de madeira e barro e pedra, foram nossos companheiros em todo o percurso.

Alias agua aqui nao falta! Para quem nao sabe, o plato tibetano e de onde partem enormes rios que alimentam metade da populacao do mundo (Yangtse, Amarelo, Mekong, Ganges, Hindu e diversos outros).

Com isto fechamos a nossa passagem pela China e amanha estaremos no Nepal, para novas aventuras.
Ate a proxima
Zeco e Veva

China - Kunming e Lijiang

Oi turma,
Estamos concluindo nossa estadia no sul da China, visitando as cidades de Kunming e Lijiang.
A medida que vamos ficando e convivendo com a realidade chinesa mais nos suprendemos com o que esta sendo construido aqui, estruturando um pais com visivel foco de futuro.
Kunming e uma capital de estado e tem 1,2 milhao de habitantes. Avenidas largas, muitos predios novos ou em construcao, muitas obras publicas, como a de ampliacao da capacidade de captacao e tratamento de esgotos, viadutos e elevados para auxiliar o transito, grandes centros comerciais com todas as marcas famosas e as respectivas copias oficiais(na loja ao lado de preferencia), supermercados super bem abastecidos, lojas de rua com todo tipo de produto a precos chineses e todos vendendo, alem dos grandes predios oficias de governo, sempre impecaveis. Enfim um resumo do que e a China hoje.
A nossa vinda aqui teve como objetivo principal a visita a Floresta de Pedras, que e um sitio selecionado pela Unesco como World Heritage. E realmente muito legal e impressionante como a natureza cuidou de deixar as pedras com alturas de 20 a 30 metros se formarem como uma floresta. So vendo as fotos!!
A parte divertida dessa visita foi que nos incluimos em uma excursao semi privada, com guia chines, ja que nao tinha nenhuma excursao para estrangeiros no dia. A guia nao sabia nem falar hello! Nosso livrinho de textos chineses funcionou dentro do possivel e para coisas muito basicas. Mas o que valeu mesmo foi a boa e velha linguagem dos sinais e mimica. Alias, esse sul da China e muito fraco em falar ingles (quase nulo). O fato e que como toda excursao houveram paradas em lojas de todo o tipo de produto (enormes e super bem preparadas para arrancar grana de chines) e participamos ate de uma cerimonia do cha, que e um esforco de venda que as lojas de cha fazem e que e muito interessante.Na pratica e uma degustacao de diversos tipos de cha, mas cheio de salamaleques. Mas houve outra parada (que nao sabiamos que haveria) em um templo budista muito bonito e que nao havia jeito de saber o nome dele, ja que nao tinha um unico mortal no meio daquele milhao de pessoas que traduzisse para linguagem ocidental - conseguimos uma semana depois e chama-se Yan Quan Si. Viajar em excursao chinesa tem os seus percalcos!!
Na cidade tem tambem um templo zen budista Yuatong, que tem 1.000 anos e e bem interessante e muito ativo, que vale a visita. Muito proximo tem o Geen Lake Park que e um local onde a turma daqui vai para aproveitar o parque. Alem de grupos de dancas folcloricas que la se encontram e preparam as suas performances, tem grupos que la se encontram para pratica do Tai chi ou para dancar. E nessas turmas qualquer um pode se juntar. Alem, e claro, de muitas mesas de jogo de cartas ou de xadrez chines, de domino e outros assemelhados e tudo a dinherinho. Muito alegre.
Alias o chines e o povo mais alegre dos asiaticos. Andam em turma ou em familia(varias geracoes juntas). Contam casos e dao risadas e falam alto. E quando no celular falam mais alto ainda independente de onde estejam. Quando veem um ocidental logo arriscam um hello. Mas saber onde e o Brasil e uma raridade. Em geral nem sabem que existe a America do Sul!!!
Ainda na linha das curiosidades, fomos visitar o mercado de passarinhos e pequenos animais, que estava cheio de criancas convencendo seus parentes a comprar ou um passaro, ou uns peixinhos, ou tartaruguinhas, ou coelhos e assim por diante.
Outra visita interessante em Kunming e a Western Hill e o Dragon Gate. Este e um pequeno templo incrustrado no meio de um enorme paredao de pedra e foi feito na marreta ha 600 anos. E impressionante o acesso, que e um semi tunel que sobe uns 200 metros ladeando o paredao ate o pequeno templo. De la se tem uma bela visao da planicie onde esta a cidade e do grande lago que a margeia. Uma vez la, passamos pela vila etnica construida pelo governo local com modelos das vilas das 25 minorias etnicas do estado (sao 55 na China!!). Muito interessante.
De Kunming seguimos para Lijiang, que outro site selecionado pela Unesco como World Heritage. A Old Town e um brinco da cultura da minoria etnica Naxi. Regiao com muitas nascentes de agua que desde os anos 1200 ja tinham um cuidado especial para se ter agua de qualidade na cidade. Para isso, transformaram as principais nascentes em locais sagrados, como e o caso da Black Dragon Pool. De la partem diversos canais que cortam a vila e levam agua para as casas. E claro que com o incremento do turismo as casas foram se transformando em lojas, mas nao tirou a graca e a beleza do conjunto. E uma cidade cheia de ruelas e canais e nos perdemos algumas vezes, mas apos 4 dias la ja estavam quase nos sentindo em casa. O tempo nao ajudou muito e choveu quase todos os dias. Assim as fotos sao um pouco cinza mas da para voces verem que e super intressante e vale conhecer essa vila e suas caracteristicas arquitetonicas - casas de 2 pavimentos sendo o superior com pe direito nao muito alto e toda a estrutura de madeira com portas e janelas quase sempre com entalhes que embelezam as casas. E o calcamento das ruas e todo em granito de diversas cores.
Tambem em Lijiang fizemos um passeio turistico, so que desta vez descolamos uma guia que falava ingles. Fomos visitar uma vila da etnia Naxi na beira do Rio Yang tse e onde soubemos que foi por ali que o exercito vermelho cruzou o rio em 1936 para libertar o Tibet de seu fraco governo(a guerra durou 9 anos, segundo a guia!). Tambem fomos visitar o recomendado Tiger Leaping Gorge (Lonely Planet) mas nao achamos que seja um spot que mereca tal destaque. E claro que e impressionante ver aquele enorme riozao se espremer em uma garganta de menos de 70 metros e produzir impressionantes ondas quando a forca das aguas encontra as enormes pedras que estao no meio do leito do rio. O acesso e uma curiosidade...e uma avenida larga para pedestres e boa parte dela e um tunel escavado na montanha e a rocha ali e marmore (de baixa qualidade, segundo a guia).
Aprendemos com a guia que a estrutura de participacao do governo na vida dos fazendeiros e diferente do que vimos em Yangshou. Aqui os fazendeiros sao donos da terra mas em compensacao tem que pagar pela escola dos filhos desde o jardim da infancia. E o governo so prove assistencia medica muito basica. Curioso como nao ha uniformidade de participacao do estado na vida das pessoas.
Tambem passeamos pela cidade de Lijiang e nos impressionamos com o comercio local. Para fechar o passeio encontramos o grande timoneiro cumprimentando a cidade. Registro necessario com foto junto a grande estatua de Mao.
A nossa proxima etapa dessa viagem sera o Tibet. Ja estamos com o nosso Permit para passar os proximos 10 dias e vamos fazer uma trilha de 4 dias que sera como uma peregrinacao entre templos da regiao. Vai ser um bom desafio!
Ate a proxima
Zeco e Veva

China - Guilin e Yangshou

Oi turma
Voltamos a China e voamos direto para o sul do pais. O foco sao as cidades de Guilin e Yangshou. Famosissimas! E as suas formacoes rochosas sao motivo de inspiracao para incontaveis artistas.
Um dos pontos altos do turismo interno chines, tambem atrai turismo externo e foram as cidades onde mais chineses falando ingles que ja estivemos.
As paisagens sao mesmo de inspirar pintores e poetas. As grandes rochas saindo do chao e chegado a 300/400 metros acima do solo sao impressionante e sao inumeras.
Comecando pela cidade de Guilin, ja ha algumas formacoes dentro da cidade e com acesso ao topo, onde os antigos principes da dinastia Ming que ali moravam intalaram pequenas pagodas. Ha tambem motivacoes religiosas, com diversas cavernas com esculturas de budas incrustados em suas paredes.
Gulin e cortada pelo Li River, onde nos suprendeu a quantidade de pessoas que nadam no rio. Tem ate praia com barraquinhas e e um programa de final de tarde para muita gente. Tem muita agua na regiao e no city tour visitamos tambem os lagos que hoje formam um belo parque da cidade. Tem pagodas e diversas construcoes. Uma delas e uma moderna estrutura de vidro, que de noite fica colorida e mudando de cor, enquanto ao seu lado ocorrem rapidas apresentacoes de teatro ou musica local. Luzes coloridas e com os chineses!!!!
No city tour seguimos para a Reed Flute Cave, que e uma interessante e bem grande caverna(tao grande que no tempo da guerra a populacao se abrigava nela para fugir dos bombardeios dos japoneses), com estalagtites e estalagmites enormes e....super iluminada com as mais diversas cores para dar efeitos incriveis no passeio.
Um dos passeios legais tambem foi o teleferico, que da uma visao aera das formacoes rochosas ao redor de Guilin.
Como turistas aplicados, seguimos para visitar duas vilas de etnias locais (sao 11 na regiao e 55 na China). A primeira, muito curiosa tanto pelas moradias - grandes casas com 3 andares, sendo o terreo para o rebanho, o 1 andar para a familia e o segundo para armazenar o produto das colheitas - como pelo tamanho dos cabelos das mulheres, que so cortam o cabelo uma vez na vida, aos 18 anos, e dai para frente os tratam com agua e casca de arroz. E elas nao tinham nenhum fio de cabelo branco.....acho que era esse o tratamento que eu deveria ter feito!!!!
A segunda vila e onde os arrozais sao plantados nas montanhas. O visual e muito impressionante pelo trabalho de plantar arroz em local tao improvavel. Mas eles conseguem 2 colheitas por ano, o que e bom. Interessante e que as terras sao do governo, que as cede aos lavradores mediante cobranca de 20% do que colherem.
Agora para aproveitar mesmo as maravilhas das formacoes rochosas, imperdivel o cruzeiro pelo Li River. E ao longo do passeio vao passando formacoes famosas, como a 9 cavalos - onde voce pode identificar 9 cavalos....so chines ve - ou a que e apresentada no verso da nota de 20 yuan.

E muuuuuito bonito!!
E quando chega em Yangshuo ai a maravilha e completa, pois ha muito mais formacoes e muito mais proximas. Assim nos mudamos para Yangshou, onde fizemos alguns passeios curiosos, como acompanhar a pesca com pato - o pescador amarra o pescoco do pato e joga ele na agua, que logo abocanha um peixe e como nao consegue engoli-lo vem o pescador salvador e retira o peixe da garganta do pato e vai armazenando em um balde. Ughhh! So falta comprar o peixe e fazer uma peixada!! Ughhh!
Mas o ponto alto foi fazer os passeios de bike pelos campos de arroz e pelas margens dos rios. Visual inacreditavelmente bonito o que superou muito nossa expectativa. De bike fomos visitar uma caverna que em seu interior tem hot spring, piscinas de agua natural e piscinas de lama, fomos ate o Moon Hill e subimos ate o topo onde tem um visual privilegiado da cidade e vilas em seu redor e, no segundo dia, apos visita a uma vila antiga (mais para velha do que antiga) voltamos para cidade de bamboo raft....um grand final!
Aniversario da Veva comemorado como manda o figurino....em um local exotico! e bonito! Yangshou e uma pequena cidade mas muito bem preparada para receber turistas. E proprio para celebracoes!
Ate a proxima
Zeco e Veva

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mongolia - Visita a terra de Gengis Khan

Oi turma

Visitar a terra de Gengis Khan foi uma experiencia muito legal.

A programacao seguiu roteiro bem instrutivo - comecamos pela capital da Mongolia, onde vivem 1 milhao de habitantes, dos 2,7 milhoes do pais. O restante esta dividido em aproximadamente 800 mil nas demais cidades e 900 mil sao nomades. E isso mesmo! Nomades. No minimo mudam-se 2 vezes ao ano de um local para outro com seus rebanhos de cavalos, yaks, carneiros e cabras (ao sul ha tambem camelos), em busca de boas pastagens ou, quando o inverno se aproxima, de protecao contra ao vento e ao frio. O rebanho total do pais e de 40 milhoes de cabecas e no ultimo inverno houve uma grande perda por causa do frio inusual em intensidade e duracao (mais de 12% de perda).

Na visita ao museu historico tivemos uma previa do que iriamos ver e viver....uma experiencia como nomades.E claro que la ha toda historia da Mongolia, desde os tempos da idade do bronze ate os tempos modernos. Mas o grande foco e em Gengis Khan, que formou um imperio que dominou a Asia todo o seculo 13.

Do caotico transito de UlaamBaatar seguimos para o maravilhoso Kovsghol Lake, que tem de 1 a 2 % da agua doce do mundo( a variacao depende da revista que voce le!). E um lago com 160km por 65km com 260 metros de profundidade. So que esta muito ao norte, na fronteira com a Russia siberiana e aqui nao tem gente. As aguas do lago sao transparentes e muito limpidas. Nosso Ger Camp ficava a beira do lago, com visual maravilhoso.. Lugar para ficar e curtir. Dias de ceu azul e noites de lua cheia maravilhosos.

Para chegar ao lago tivemos a primeira experiencia do que seriam as viagens de carro. Como o pais e uma grande fazenda sem cercas, as estradas tambem sao de fazenda. E das antigas. Muitas vezes o motorista preferia dirigir cortando pastos pois era menos acidentado que nas estradinhas que cortam todo o pais. 120km em 3 horas!!! Mas o visual mais que compensa e ate ajuda a aproveitar melhor a paisagem.

Experimentamos cavalgar os famosos potros da Mongolia e nos transportamos para os tempos as grandes conquistas.

No dia seguinte fomos assistir o Nadan Festival na vila proxima ao lago e aprendemos que as criancas aprendem a cavalgar ao mesmo tempo que aprendem a andar. E nesse festival, que e uma tradicao antiga e onde se selecionavam os guerreiros, as corridas a cavalo tem como protagonistas criancas a partir de 7 anos....e sao corridas de 10 km. Os vencedores das 2 provas que assistimos tinham 9 anos. Outra tradicao desses festivais sao as lutas-livre. E uma competicao muito concorrida e importante para a turma daqui.

Do Kovsghol Lake seguimos para o White Lake. Percurso de 250km da cidade de Moron ate la, cobertos em 9 horas de paisagens de diversos matizes de verdejantes pastagens e florestas de arvores siberianas, que parecem pinus, que constantemente se alteravam. Passando por centenas de rebanhos e de ger dos nomades que estao instalados na regiao e que estavam se preparando para o inverno, ou mudando para locais mais protegidos para enfrentar o inverno. Foi uma sequencia de vales e montanhas com belissimos visuais.

Do White Lake seguimos em direcao a antiga capital Karkhorum, com direito a uma providencial parada em um Ger Camp com hot spring. Uma absoluta supresa. Foi uma escapada muito legal e ficar na piscina de aguas termais vendo as estrelas foi demais de bom!

A antiga capital e uma cidade desfigurada e tem um templo bonito mas tudo nao muito bem cuidado!

De la seguimos para um parque onde tivemos a oportunidade de ver os cavalos selvagens da Mongolia. Os ultimos cavalos selvagens existentes no mundo, segundo a guia local. E realmente um bicho diferente, pequeno, pelo claro e cabeca maior que a de um cavalo domesticado. No caminho para ver os cavalos, diversas marmotas saiam de suas tocas para ver o carro passar...pura curiosidade....mutua!

A travessia de Karkhorum ate UlaamBaatar ocorre nas interminaveis estepes da Mongolia e, felizmente, este pedaco da viagem as estradas sao quase de asfalto .....quase porque o asfalto vai acabado e a manutencao nao e la essas coisas.

De volta a UlaamBaatar, fechamos a temporada com show folclorico e um delicioso churrasco tipico da Mongolia. Comemos muito bem todo o tempo. A base da alimentacao dos nomades e carne e leite.....tem coisa melhor?! Tem algumas gostosuras que poucos vao gostar, como por exemplo leite de egua fermentado, ou bolachas de leite azedo de egua.....parece as coalhadas que tem la em Avare, so que em formato de biscoito!

Foi uma temporada inesquecivel e deixamos para a proxima visita a Mongolia a visita ao sul, onde esta o desertto de Gobi. Ficou para a proxima tambem a visita ao povo do extremo norte, que cria reindeers em uma regiao congelada todos os dias do ano.

Agora seguimos para a China para conhecer o sul e o Tibet. Muitas novidades a frente.

Ate a proxima

Zeco e Veva

China - Beijing

Oi Turma

Estamos encerrando esta nossa primeira fase de China.

Quanta mudanca nesses 10 anos.

Quando estivemos aqui em final de 1999, eram milhoes de bicicletas e poucos carros.Hoje sao milhoes de carros e poucas bicicletas. O pais enriqueceu, Beijing mudou de feicao, ja que os bairros com as antigas moradias foram substituidas por predios e conjuntos de apartamentos para acolher a migracao para os grandes centros e os grandes paineis de neon, tao comuns no Japao, ja estao se popularizando na cidade. Dedicamos a nossa programacao para ver com calma a Cidade Proibida, o Palacio de Verao, o Templo do Ceu, que passaram por restauracao como preparativo para as olimpiadas de 2008, e o parque olimpico. Como estamos em plena temporada de ferias escolares, em todos os lugares tinha de pelo menos 1 milhao de chineses - ou ate 2 milhoes - enfim incontaveis.

Com o aumento da renda per capita, o turismo interno esta crescendo muito. Mas como eles sao apressados e boa parte esta agregado a excursoes, eles passam rapido.

A nossa programacao previu 1 dia para cada local, o que foi otimo e pudemos curtir muito cada um deles.

A Cidade Proibida e enorme e conseguimos visitar toda a area que esta aberta ao publico. E muito bonita e com uma riqueza de detalhes que impressiona. Mesmo os museus locais, que apresentam detalhes da vida na corte, sao muito interessantes. Como era a vida das concubinas e quanto cada uma recebia de comida em funcao da respectiva graduacao, ou os riquisimos presentes recebidos pela corte, ou as intricadas e riquissimas coroas e joias imperiais, Tudo espalhado em diversos predios. Foram 6 horas sem parar, caminhando em passo de procissao.

O Palacio de Verao foi uma otima revisita. Mesmo porque agora e verao e estivemos aqui no inverno de 1999, com tempo enevoado e muito frio. Dessa vez foi bem diferente. Tempo quente e a maioria dos predios restaurados. E muito bonito. Originalmente construido em 1750, foi destruido na guerra do Opio(1860) e reconstruido em 1880. Era um local onde a ultima Imperatriz gostava de frequentar e onde passava grandes temporadas. Dai estar bem arrumado. Tambem aqui, a riqueza de detalhes e muito interessante. E o grande lago que complementa o visual do parque onde esta situado da um colorido especial. No dia que passamos la, tinha mais 300 pedalinhos e varios outros barcos que transportavam grupos de turistas em pequenos cruzeiros. Fila para tudo.

Ja no Templo do Ceu, que e super charmoso e dos poucos que tem telhado azul, encontramos maior equilibrio entre turistas ocidentais e chineses, numa proporcao de 1 ocidental para 5 chineses. Nos outros, os ocidentais eram engolidos pelas ordas de turistas chineses.

No Parque Olimpico, onde estivemos no unico dia de chuva seguida que tivemos ate agora, nos suprendeu a destinacao que deram ao Parque Aquatico. Passou a ser uma grande area de diversao aquatica, com enormes escorregadores e diversas atracoes que um parque aquatico pode oferecer, lotado de gente. Ao lado da piscina de ondas, um grande palco com conjunto cantando ao vivo! Nas piscinas de treino, bastante gente nadando e na piscina principal de competicao, tudo pronto para um show de malabarismo que esta sendo apresentado as noites. O estadio Ninho de Passaro e aberto a visitacao - mediante pagamento de entrada, claro - e e super caprichado, com todas as cadeiras em espaco coberto. Chovia canivetes e nao molhava nenhuma cadeira de todo estadio!

E claro que visitamos outras peculiaridades da cidade, como a rua que vende iguarias que parecem comestiveis mas resolvemos nao arriscar. Como voces podem ver na foto, estao prontos para consumo escorpioes, grilos, bichos da seda e outros trecos. Ha quem arrisque. Nos nao arriscamos! Na verdade, estavamos sem fome na hora que passamos por la.

Visitamos tambem a Silk Street, que e um shopping que vende todas as marcas a precos muito competitivos. Sao os famosos genericos com marcas famosas....e a Veva continua resistindo a fazer compras. Foi por pouco mas diante da perspectiva de aumentar o peso das nossas malas, ela resistiu!! As lojas sao pequenos boxes com os seus produtos e as especialidades sao divididas por andar - sapatos, roupas, relogios e joias, eletronicos, etc. Muito tentador e a precos realmente convidativos.

Agora estamos nos preparando para a proxima etapa, que sera a Mongolia. Esta primeira temporada de China foi muuuuuito legal. Adoramos!

Ate a proxima,

Zeco e Veva

China - Pingyao e Datong

Oi Turma,

Rumo a Beijing fizemos paradas em duas cidades chineses muitissimo interessantes - Pingyao e Datong.

Pingyao e uma cidade historica, toda murada e o seu interior esta preservado com a mesma estrutura medieval. Inclusive o nosso hotel, que e localizado dentro da area murada, e totalmente ambientado no modelo antigo. Para chegar em Pingyao experimentamos a realidade do transporte chines - aviao de Shangai ate Taiyuan e de la, resolvemos ir de onibus, ja que chegamos bem antes do trem para o qual tinhamos passagem comprada. Pegamos o onibus do aeroporto, que pela mimica, nosso idioma local, iriamos direto para a estacao de onibus. Nao foi bem assim. Ele nos deixou a uns tres quarteiroes da estacao, apontou a direcao e boa sorte! La fomos nos empurando as malas rua a fora. Chegamos na estacao, mostramos o nome da cidade no guia e conseguimos comprar as passagens em um onibus que tinha ate filme DVD....em chines! Otimos filmes locais. A estacao de onibus em Pingyao seguiu o mesmo modelo, e nos deixaram no meio da estrada!!! Mas seguramos um taxi na marra...so que taxi nao entra dentro da area murada da cidade. Ai, chegando na entrada da citadel, o taxi ligou para o hotel para ter licenca especial para nos entrarmos. Foi divertido!

A cidade de Pingyao e o maximo. Nos nos transportamos para era Ming (1370), quando a muralha foi construida e aproveitamos a cidade e a sua riqueza urbanistica e arquitetonica daquela epoca.

Os templos internos sao mais antigos que as muralhas, ja que a cidade em si, tem registro historico de 500 anos antes de Cristo, com um templo taoista que data de 1163 e o templo confucionista, onde eram aplicados os exames de selecao para o servico publico desde a mais remota epoca da historia da China.

Em Pingyao sao 18 pontos historicos de visitacao, como a antiga sede do governo e a curiosa primeira casa bancaria da China (1823), que chegou ter agencias bancarias em toda a regiao e ate em Beijing.

Em uma cidade proxima a Pingyao fomos visitar um castelo construido todo a base dos conhecimentos de astrologia de 1400 anos atras. O Zhangbi Castle tem uma curiosidade impar. Como estava cercado por poderosos reinados - Xian, Beijing e Lysiang- o rei local construiu um intrincado sistema de defesa subterraneo, cujos 1500 metros resistiram ao tempo e sao possiveis de serem visitados. E muito impressionante ver as estrategias adotadas para suprender os atacantes, assim como observar as armadilhas que criaram para caso de invasao dos tuneis. A guerra nunca aconteceu e os tuneis nao chegaram a ser utilizados. So nao tem mais a totalidade dos tuneis pois com a invasao japonesa em 1942 (segunda guerra mundial) parte foi destruida. De Pingyao seguimos para Datong de trem. 6 horas em um percurso em que a paisagem era basicamente de planicies totalmente plantadas de milho(90%), girassol(5%) e outras. E na montanha que passa de uma planicie para outra, minas de carvao (estima-se 3.000 mineradoras).

Datong e uma cidade comum. O que tem aqui sao as Yungang Caves, que e um conjunto enorme de esculturas em pedra com datacao de 460, epoca em que o budismo veio da India para a China. E maravilhoso. Contem 51.000 estatuas que em sua maioria estao bem conservadas. Se vale ir para a Jordania conhecer Petra, vale vir a China conhecer Yungang Caves. As fotos que estamos anexando sao da parte exterior, ja que nas partes internas nao e permitido tirar fotos. Para se ter a dimensao das partes internas, em duas delas tem budas gigantes de 17 metros de altura e todas as paredes laterais sao trabalhadas e pintadas. E de cair o queicho!

Outras atracoes aos arredores de Datong sao : O intrigante Hanging Temple, que e um templo pendurado nas paredes de uma enorme rocha e esta la ha mais de 1400 anos - Caminhar pelos templos pendurados na rocha e de dar vertigem - A maior e mais antiga pagoda de madeira do mundo, construida no ano 1067. E suprendente a dinamica construtiva de madeiras encaixadas que sustenta construcao tao alta. Claro que tem buda enorme no terreo e no segundo e quarto andares tem uma serie de imagens budistas (apenas o segundo andar esta aberto ao publico). A terceira atracao da cidade e que a cidade esta sendo reconstruida. Da para afirmar que centenas de predios estao sendo construidos (como em toda a China), ruas sendo construidas, novas estradas cortando os campos, reformando toda estrutura de agua e esgoto da cidade, enfim um campo de obras.

A China esta assim.....em plena transformacao. Toda cidade que passamos ha muita obra acontecendo. Daqui seguimos para Beijing, para rever a cidade que estivemos ha 10 anos atras. Vamos ver que supresas nos espera.

Ate la,

Zeco e Veva

China - Shanghai, Nanjing e Suzhou

Oi Turma

E chegamos na China via Shangai!!!

Primeira experiencia foi hilaria. Pegamos um taxi e fomos para o hotel. La chegando entramos felizes no lobby e nao havia nada a nao ser um chines que nao falava nem ingles e nem chines. Nao havia balcao de check in!!! E ja era 19:30hs!! Por sorte, passou uma pessoa com mala, saindo do elevador e perguntamos a ela se sabia onde era o hotel. Resposta imediata - No 16 andar, ap1601!!!Bingo!! E tudo deu certo e ainda tivemos um up grade de ap, ficando em um ap duplex no 24 andar do predio,com 2 quartos, 2 salas, cozinha, lavanderia e uma vista maravilhosa.

Vizinho do nosso hotel o maravilhoso Jing'an Temple. Uma boa estreia para Shangai.

De la seguimos para a parte nova e moderna de Shangai - Pudong. Quando estivemos aqui, no final de 1999, ja havia alguma coisa construida mas o que encontramos foi uma super moderna area financeira, com predios super modernos. E com turistas de monte....a maioria chinesa....ordas!!!!

Tentamos ir ao topo da torre de TV, onde tem um mirante mas a fila era de 2 horas. Nem pensar!!!

No verso do mapa da cidade que recebemos no aeroporto havia o anuncio de um novo observatorio, mais alto que a antena e la fomos nos. Fica no alto do Shangai World Financial Center e a 490 metros de altura - cem a mais que a antena - e e de vidro tanto o piso como as paredes e o teto. Muito legal!

De la fomos caminhar pela area antiga, o The Bund. Este continua igual ha 10 anos atras, com 1 milhao de chineses disputando o espaco das calcadas. O que e novo e que fizeram um calcadao na area onde estao as lojas, ha 3 quarteiroes da beira do rio e dai ate a People's Square.

Visitamos tambem o Yuyuan Gardens, que nao mudou nada nem nos ultimos 10 anos e nem nos ultimos 160 anos, ja que ele, que originalmente era de 1550, como foi bobardeado na guerra do opio, foi reconstruido em 1850.

Caminhamos bastante por Shangai, como fazemos em todas as cidades que visitamos e nao deixamos de ir ao principal museu de la, onde tem uma maravilhosa colecao de arte em broze que abrange o periodo de 3000 antes de cristo ate as dinastias Ming e Qing, assim como ceramicas das dinastias Ming e Qing.

Fomos visitar 2 cidades por recomendacao da Carolina. Nanjing e Suzhou.

Nanjing e muito especial pois foi a primeira capital da dinastia Ming e cercada por muralha de 12 metros de altura, por 33 kilometros de perimetro. Grande parte esta la ainda, parte razoavelmente mantida. E tambem onde esta a tumba do primeiro imperador da dinastia, cuja a entrada e uma fileira de esculturas de animais, depois de generais e graduados, para entao chegar onde estavam os tesouros e , na sequencia o tumulo do imperdor e esposa. Foi otimo passeio e o acesso a cidade em trem bala demora apenas 1 hora.

De Nanjing fomos a Suzhou, que e conhecida como a Veneza chinesa. A cidade ja nao tem tantos canais como na epoca que Marco Polo viveu aqui, mas ainda guarda alguma beleza da epoca, em especial, os jardins. Vale o passeio tanto para visitar os jardins que eram antigas propriedades de principes e comerciantes ricos, assim como fazer o passeio de barco pelos canais, com algumas pontes antigas resistindo ao tempo. E o museu e muito interessante, com pecas de valor historico importantes.

Foram essas as nossas primeiras experiencias chinesas.

Como Shangai tem 15 milhoes de habitantes e as outras 2 cidades tem mais de 5 milhoes de habitantes, foi facil de nos virarmos, mesmo com as dificuldades da lingua - poucos falam ingles e desses, a maioria e de um ingles bem precario - nada que o mapa e o guia Lonely Planet nao resolva, em conjunto com uma boa mimica.

Agora vamos para as proximas aventuras, visitando cidades do interior e onde quase nao ha pessoas que falam ingles.

Como comentario geral vale dizer que a China de hoje e muito melhor preparada para receber turistas que ha 10 anos atras e que as cidades estao muito mais limpas. O chines e sempre muito amigavel e estao sempre prontos a ajudar. Vamos nos virando e conhecendo este grande pais.

Ate a proxima

Zeco e Veva

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coreia do Sul - Seoul

Oi turma

Vamos inovar para nao deixar voces sem noticias das nossas aventuras e de como estamos entusiasmados com o que estamos encontrando nos paises que estamos visitando.

A Coreia do Sul e um desses casos. Depois do Japao achavamos que a Coreia seria so uma passagem sem muitas supresas. Nao foi o que aconteceu. Nos nao so nos suprendemos com os palacios e templos, como tambem com o progresso e a cidade moderna que encontramos em Seoul.

Selecionamos 5 fotos que podem dar uma rapida visao do que e Seoul.

O centro da cidade e o centro financeiro com predios super modernos.

No centro da cidade, o governo local fez uma recuperacao do corrego que cruza a cidade e hoje e aproveitado como passeio da populacao. As aguas super limpidas sao utilizadas pelas criancas como praia nesses dias de calor intenso - 37 graus centigrados. No corrego tem cachoeiras, jatos de agua, a noite tem show de luzes a laser e nao tem cheiro, como deve ser toda boa agua. Alias, em Seoul ha um grande orgulho de anunciar que a agua de qualquer torneira e potavel e garantida qualidade.

A curiosidade quanto a parte historica e que os predios e palacios mais antigos datam de final dos anos 1300. Curiosidade porque foram os coreanos que levaram o budismo aos imperadores japoneses, nos anos 600/700 e nao ha nada de referencia em predios desta epoca em Seoul. Somente os palacios da dinastia que iniciou em 1395 e perdurou ate comeco de 1900, sendo que ha varios palacios pois os imperadores nem sempre gostavam do palacio anterior e construiam seus proprios e os anteriores ficavam para posteridade.

Os nomes sao absolutamente inesqueciveis - Gyeongbokgung Palace, Chaggyeonggung Palace, Changdeokgung Palace, Deoksugung Palace e etc.

Seoul tem tambem um comercio ativissimo e fomos visitar alguns centros de compra da cidade - nao fiquem preocupados pois continuamos nao comprando nada em viagens, mesmo em barganhas como em Seoul. O impressionante e a quantidade de itens a mostra. A foto da Veva em frente a um dos muito corredores deste centro de compras e so de bijouterias. Tem outros deste jeito assim como de relogios, roupas, sapatos e tudo o que e tranqueira que se possa imaginar. Quanto a comida, gracas a forte presenca da enorme estrutura americana na cidade, tem boa comida ocidental de todas as vertentes e nao precisamos (nem arriscamos a degustar as deliciuras correanas, que sao para la de temperadas).
Fechamos a estada assistindo um show de danca e musica tipica que e oferecido na praca em frente do governo da cidade. Alem das roupas tipicas e dancas diferentes. A curiosidade e que o publico participa ativamente da apresentacao, aplaudindo ou fazendo comentarios para o artista sobre a musica ou a danca ou a apresentacao teatral. Muito diferente.

Daqui vamos para a China. Um grande desafionos espera!

Ate a proxima

Zeco e Veva

domingo, 1 de agosto de 2010

Japao Sayonara

Oi Turma

Ultimo dia de Japao e fomos conhecer a praia da cidade, em Odaiba. Nada parecido com as nossas maravilhosas praias mas e o que temos por aqui.
Na praia quase ninguem, mas do outro lado da calcada um Mall lotado de pessoas praticando o que eles mais gostam aqui....shopping!
Pegamos um barco para cruzar esta rio/braco de mar com esta belissima visao do Japao moderno.
Seguimos para visitar uma rua que e especializada em moda jovem e e impressionante o sucesso e a quantidade de jovens comprando roupas e acessorios.



E o divertido e a livre forma que as jovens japonesas tem em se vestir. Roupas coloridas e sobrepondo umas sobre as outras, fazendo composicoes muito diferentes do que os padroes ocidentais estao acostumados. Algumas vezes as meninas combinam sairem todas vestidas iguais, so para desfilar na cidade o que da colorido especial.



Tokyo nos suprendeu de varias formas, com os seus bairros com ruas estreitas e sem calcadas - so nas avenidas e que garantidamente tem calcadas - com casas boas e com jardins, com transito nada caotico, com o aglomerado de lojas e restaurantes ao redor das estacoes de trem/metro, com a precisao horaria em tudo e com a enorme quantidade de bicicletas. Nesta foto, o estacionamento de bikes ao lado de uma grande estacao - alem de ter 2 andares, em cada andar sao 2 andares de bike.


Para despedida, a proprietaria do homestay, Kauro (uma simpatica e sempre disponivel senhora na faixa dos setenta anos) organizou um banquete...um Temaki delicioso. Na foto, da direita para esquerda, Kauro, Taise( a nora que nos ajudou bastante ) e seu filho, o marido Ken e a Cris nossa grande e querida amiga, que cuidou da gente na nossa temporada japonesa.

E para fechar a temporada, a Veva vestiu o Yucata (que e este quimono de verao) e tiramos esta foto para ter como lembranca a excelente temporada em Tokyo.



Sayonara.

Certamente voltaremos para o Japao para assistir a Cherry Blosson.
Ate a proxima
Zeco e Veva



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nikko - Japao


Oi turma,
Aqui vamos nos para mais um capitulo desta maravilhosa experiencia no Japao.
E Nikko e mais uma belissima supresa!
Apesar de ser um local sagrado para o budismo japones desde o ano 700, so em 1634 e que ficou a maravilha atual, quando o poderoso shogum Tokugawa definiu que aqui seria o seu mausoleu.
Em meio a uma floresta de enormes pinheiros, esta o templo Tosho-gu(da foto acima e as 4 proximas, que tem uma riqueza de detalhes e cores que sao de cair o queixo.






E em um dos recantos tem esta escultura dos macaquinhos que apresentam os tres principais principios do Tendai Budismo - Nao ouvir os erros dos outros, Nao falar dos erros dos outros e Nao olhar os erros dos outros.

Tem grandes filas para tirar uma foto como esta!!!



Em todos templos tem enormes guardioes, que estao prontos para reagirem a qualquer ataque aos recintos sagrados. Sao realmente assustadores, nao?






No total sao 4 grandes templos. Alem do Tosho-gu, tem o Futarasan-jinja, que e mais simples que os outros mas nao muito menor e oTaiyuin-byo, que tambem tem trabalhos de madeira e laca maravilhosos e as mais belas lanternas de oracao que vimos.

Este tambem e um mausoleu - do shogum Tokugawa neto do do templo acima.



Mas da para ver que mesmo tendo sido feito deliberadamente mais simples, tem uma riqueza de detalhes que impressiona.

Sem contar o brilho do dourado de toda a edificacao.





E os detalhes dos acabamentos sao de ficar curtindo os belissimos entalhes em todos os beirais.








Nikko e um destino eminentemente turistico. De um lado, a 500 metros acima do nivel do mar, os maravilhosos templos. Do outro lado da montanha, subindo uma serra tao ou mais tortuosa e ingreme que a a nossa Serra do Rastro-Santa Catarina, as vilas a beira de um lago a 1.300 metros acima do nivel do mar.
Do rio que sai do lago se forma uma das mais altas cachoeiras do Japao, de 100 metros de altura.

Esse lago foi formado quando esse vulcao ai atras estava ativo, a milhares de anos atraz. Se tiver tempo, tem caminhadas ate o topo e pela regiao ha diversas boas e procuradas trilhas.

Se vierem ao Japao, Nikko e um passeio imperdivel .

Ate a proxima,
ゼコ (Zeco)ヴェヴァ (Veva)

Monte Fuji , Hakone e mais Tokyo


Oi turma,

Subir o Monte Fuji foi uma verdadeira superacao!
A subida comeca a 2.400 metros de altura e vai a 3.770 metros. Isto em 6 km.


Ha uma tradicao aqui de que todo japones deve subir o Fuji pelo menos uma vez na vida. E na sexta-feira que escolhemos para subir nos supreendemos com a quantidade de pessoas nesta empreitada, inclusive grupos de escolas de criancas de 5 a 9 anos de idade(como na foto), com plano de fazer o percurso em 2 dias!!!!

Havia tambem uma corrida com centenas de participantes, cujo percurso passava pelo cume.

Nos nao estamos com essa bola toda e a subida foi dura. Em alguns pontos e praticamente uma escalaminhada. E ingreme. E na volta, areiao vulcanico. Ufa! Mas chegamos la e voltamos no mesmo dia. Foram 2 trens e um bus na ida e o mesmo na volta, mais 10 horas de caminhada!

O Monte Fuji estava cercado de nuvens e nao deu para ter uma foto dele por inteiro, mas a nossa chegada e a cratera estao bem registradas.


Nossa programacao continua e fomos para Hakone, que e uma procurada Hot Springs. A epoca nao e muito propicia para tal, ja que la e oferecida aguas termais a partir de 40 graus, quase igual a temperatura ambiente.

Mas o que nos suprendeu no local foram os museus, com excelentes colecoes de artistas japoneses e ocidentais, como este Hakone Open Air Museum, com esculturas espalhadas em uma enorme area e primorosos jardins

e abrigando alguns pavilhoes como este com mais de 300 pecas de Picasso, entre quadros, ceramicas e gravuras.

Ha outros museus com obras de Renoir, Monet, Van Gogh e outros.




O passeio e completo, subindo ate o alto da montanha em uns trenzinhos funiculares e descendo por gondola ate um grande lago, cuja travessia e realizada em um cruzeiro em barcos travestidos de galeoes corsarios.




Tokyo oferece tambem nos veroes, uma serie de festas de queimas de fogos e, e claro, fomos a uma delas.

As mocas se arrumam com seus quimonos leves( tem outro nome ja que quimono e sempre para situacoes mais formais) e fazem desses eventos um grande desfile. Os homens tambem vao vestidos a forma japonesa mas em numero bem menor.

E uma grande festa familiar, com barraquinhas vendendo todo tipo de deliciuras e gostosuras da culinaria local.

Curiosidade : As pessoas vao com antecedencia ao local e reservam seus lugares colocando uma lona no chao e seu nome - todos respeitam. E sao centenas de milhares de pessoas. Foi a unica vez que pegamos trens realmente cheios.



Mas foi um show de queima de 12.000 fogos de artificios que durou pouca mais de uma hora. Muito legal.




Voltando as atividades culturais em Tokyo, fomos visitar o Edo-Tokyo Museum, que retrata a evolucao de Tokyo. Tem algumas pecas interessantes, como esta armadura do Shogum.


Mas para nos o ponto alto foram as enormes maquetes em que reproduzem a evolucao da cidade de Tokyo. E tao rica em detalhes que o Museu disponibliza binoculos para os visitantes apreciarem as obras.

Nessa reconstituicao da area onde ficava o mercado da pesca, os detalhes sao mostrados em um telao.


Essa foto e um detalhe do mercado. Os personagens tem expressao e tem acoes proprias, como conversando, ou comprando ou enfim, apresentando como se fosse uma fotografia da epoca.





Saindo do museu fomos navegar no rio Sumida em um Boat Bus.

Na foto a futura torre de Tokyo, que sera mais alta que a atual (que e um passeio legal de fazer em final de tarde, comeco de noite) e a curiosa torre da Asahi Beer, que e dourada como a cerveja e tem colarinho branco, como manda um bom chope!
Ate a proxima,
ゼコ (Zeco)ヴェヴァ (Veva)