Oi turma
Nosso farewell da China foi brilhante. O Tibet superou em muito as nossas expectativas.
Comecando pelo Potala Palace, que era o palacio de inverno do Dalai Lama, que fica encravado em uma montanha no meio de Lhasa. Ao redor e uma grande planicie que a cidade vai ocupando para os 4 lados da montanha. O Potala fica virado para o sul e assim fica iluminado pelo sol todo o dia. Sao 115 metros de altura que temos que subir para chegar ao topo e fazer a visita aos aposentos que estao abertos ao publico. E de uma riqueza suprendente. As estupas com os tumulos de 9 Dalai Lamas estao la e sao de ouro, sendo a mais impressionante e a maior de todas a do 5 Dalai Lama. Mas sao tantas outras pecas com uma riqueza de detalhes e em todos os materiais - ouro, prata, bronze, cobre, madeira, tapecarias e afrescos - que tivemos que fazer duas visitas para poder curtir tudo que esta aberto ao publico. Isto porque na temporada de verao ha uma limitacao de tempo de 1 hora para fazer a visita.
Como nao e permitido fotografar o interior do palacio, estamos levando um livro com os detalhes. So o Potala ja vale a viagem para o Tibet.
Mas o Tibet nao e so o Potala. Aqui tem monasterios e templos realmente impressionantes, seja pela sua grandiosidade e construcao, seja pela incrivel quantidade de imagens com trabalhos que vao desde um Buda de perolas ate enormes imagens de 2 a 3 andares, com trabalhos em metal e madeira complementando-as.
Para dar graca na viagem, a empresa que organizou nossa viagem nos instalou em um hotel que foi a residencia da familia do 11 Dalai Lama ( para quem nao sabe, o atual e o 14 Dalai Lama). Ficamos muito bem instalados e, e claro, proximos dos pontos importantes de Lhasa. Alem do Potala, o Jokhang Temple, que e o mais importante da cidade, fica ha 2 quadras do hotel.
Ao redor dele esta o Bakhor market, estrategicamente instalado para atender os milhares de peregrinos que vem a cidade prestar oferendas nesses templos. Uma das praticas e dar 3 voltas nos lugares sagrados antes de entrar nos templos. Bom lugar para instalar um mercado que vende de tudo que um peregrino precisa, desde roupas e artigos religiosos ate uma boa reforma nos dentes.
Visitamos diversos outros templos e monasterios, cada um com as suas caracteristicas e peculiaridades. Alguns originalmente foram construidos como palacios dos reis e depois se tornaram templos, como o Yulugank(construido no ano 127 antes de Cristo) e o Traduk (que era um palacio de verao), outros ja foram construidos para abrigar a grande expansao da religiao e sao principalmente dos seculos 16 e 17.
Como nao poderia deixar de ser, fomos fazer uma trilha, que era uma antiga rota de peregrinacao entre os monasterios Gandem(depois do Potala, e o conjunto mais impressionante, na nossa opiniao) a Samye. Foram 70 Km completados em 4 dias de muito dura caminhada. Primeiro dia foi moleza e nosso camp site estava a 4.400 metros acima do nivel do mar. Segundo dia foi o bicho, pois tivemos que subir ate 5.200 metros e depois descer ate o proximo camp site a 4.880 metros. 9 horas de caminhada com pouco ar mas tempo muito bom e friozinho. O esquema de acampamento era muito bom, com guia, cozinheiro e 2 Yakman e tropa de 5 yaks para levar toda a tralha que precisavamos. Assim, nos recuperamos com a boa comida tibetana e no terceiro dia passamos por outro passo ha 5.100 metros de altura e descemos ate 4.100 metros - mais 8 horas de caminhada e teste de resistencia para os nossos joelhos - Pra baixo todo santo ajuda!!!!!! e o ar vai melhorando!!!! No 4 dia so alegria!!! em duas hoas chegamos ao ponto final. Vencemos!!!!
O visual da trilha era muito bonito, passando por diversos acampamentos de nomades tibetanos e seus rebanhos de yak. Outra curiosidade e a quantidade de rios e lagos que passamos no percurso. Aguas limpidas e rios ate caudalosos, com pontes improvisadas de madeira e barro e pedra, foram nossos companheiros em todo o percurso.
Alias agua aqui nao falta! Para quem nao sabe, o plato tibetano e de onde partem enormes rios que alimentam metade da populacao do mundo (Yangtse, Amarelo, Mekong, Ganges, Hindu e diversos outros).
Com isto fechamos a nossa passagem pela China e amanha estaremos no Nepal, para novas aventuras.
Ate a proxima
Zeco e Veva
domingo, 17 de outubro de 2010
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