quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Myanmar - Yangon, Bago, Kalaw, Pindaya e Inle Lake

Oi turma, ou Mingalabar como se diz ola em Myanmar.


A nossa viagem para ca foi uma sequencia de boas supresas. Pais super calmo, sem nenhuma presenca de militares nas ruas, muito sossegado para andar por onde quisessemos sem qualquer sobressalto. Chegamos 5 dias depois das eleições e dois antes de libertarem Aung Suu Kyi, a mulher ícone da democracia local.

Povo alegre apesar do regime militar e seus milhares de espioes!

Começamos pela antiga capital, Yangon. Alias e um pais com um numero incrível de antigas capitais e visitamos algumas delas. Isso por que os reinados foram se sucedendo e os reis iam mudando a capital para as areas de sua maior influencia. O mesmo aconteceu com Yangon, que foi a capital ate 5 anos atrás. Agora a capital e Nay Pyi Taw, que também visitamos por estar no caminho de nossa viagem de carro(cidade nova e funcional, sem nenhuma graça arquitetônica).

Mas vamos falar de Yangon inicialmente, que fica as margens do Yangon River.

Cidade que teve dominação inglesa ate 1948. As obras de manutenção devem ter parado naquela época!!!! Calcadas muito mal conservadas e com grandes buracos e onde não tem buraco tem barraca de vendedor de tudo o que e produto ou as tradicionais vendas de deliciuras comestíveis locais com bastante pimenta ou, que e uma novidade do que vimos nos países da Ásia, barracas para fazer ligações telefônicas a preços módicos (puxam um fio dos prédios e instalam 4 linhas em baixo de um guarda-sol e fazem uma boa oferta por minuto )e muito indiano tentando passar a perna na troca de dólares por Kiats. Os antigos predios da administracao britanica agora sao multi coloridos e mal conservados.

Mas a cidade guarda alguns tesouros, como o templo dourado Sule, que fica no centro da cidade, em uma praça circular, e esta la há mais de 2.000 anos. E maravilhosa!

Outro tesouro e o templo Shwedagon. Esse sim, coberto de ouro. Há quem diga que no conjunto tem mais ouro que no Banco da Inglaterra. A estupa principal tem mais de 100 metros de altura e no topo um conjunto de pedras preciosas impressionante ( mais de 1.300 rubis e outras pedras preciosas e mais de 5.500 diamantes sendo que o que fica bem no topo tem 76 carats) e todo conjunto tem dezenas de construções e templos de vários tamanhos, com estatuas de Buda de todos os tamanhos, alguns dourados outros de mármore. E alguns sinos (inclusive um de 23 toneladas que os ingleses não conseguiram levar para fazer canhoes!).

Em outra região da cidade, outro templo que guarda um tesouro de elevado simbolismo – um fio de cabelo do Buda. O templo e bonito e o altar onde esta a relíquia, de ouro, muito bonito e reverendado.

Em outro canto da cidade, um enorme Buda deitado do mundo. Realmente impressionante.

Resolvemos conhecer Myanmar de carro e contratamos um com motorista. Como as estradas são precárias, alguns trechos com mais crateras que a lua, achamos que valeu a pena mas fez a viagem ser um pouco cansativa em alguns trechos. A mao de direção e outra curiosidade de Myanmar – ate 1965 a mao de direção era inglesa e mudou para o padrão que temos no Brasil, mas ate hoje o pessoal continua dirigindo carros com direção do lado direito....muito louco....carros ônibus, caminhões tudo com direção do lado errado!!!

Assim partimos para o interior. Primeira parada Bago, que também foi capital do pais por um período. Belos templos e estupas (uma delas em recuperação, com uma estrutura de bambu ao seu redor e que um turista italiano comentou conosco que ele achava que estavam raspando todo ouro da estupa) e uma boa reconstituição do que foi o palácio real. Aqui também tem uma imagem de Buda deitado e que e a maior do mundo.

Fomos dormir em Taungoo, outra antiga capital do pais, mas sem atrativos de construções antigas.

De Taungoo seguimos para Kalaw, nas montanhas, onde nos suprendemos com a agricultura local. Ate aqui a maioria dos campos eram de arroz e um pouco de pimenta. No platô que vai de Kalaw a Pindaya, enormes plantações de vegetais e frutas. E a cidade de Kalaw tinha um templo com estupa diferente das que vimos em toda Myanmar.

Pindaya e sua cave e uma curiosidade. Tem mais de 8.000 estatuas de Buda dentro da caverna, alguns com centenas de anos mas a maioria recentes. São oferendas de pessoas de diversos países budistas da Ásia, com direito de deixar o nome inscrito na base da oferenda.

E fechamos essa parte da viagem em Inle Lake, outra interessante e imperdível região do pais. Logo chegando nos deparamos com um monasterio construido em madeira Teca e que esta la ha 150 anos e em uso, com monges estudando as escrituras.

Alias e impressionante como exploraram e continuam explorando a madeira de Teca - cruzamos com dezenas de caminhoes carregado de troncos enormes de madeira Teca.

O lago propriamente dito tem caracteristicas proprias com suas diversas vilas instaladas nas margens ou em palafitas, seus pescadores que remam com uma perna enquanto usam as duas mãos para lançar as redes e armadilhas de pesca, com suas extensas plantações flutuantes de tomate, feijão, couve-flor e flores, com suas vilas em palafitas e templos que acharam seu espaço no meio de lago tão grande. E um lago com muita vida e muita atividade. Visitamos o mercado local e nos impressionou a quantidade de produtos ofertados. Ainda em Inle Lake vimos a maior manifestação de preparação do festival da Lua Cheia de Novembro, em que são feitas doações em produtos pelos cidadãos aos templos (que serão convertidos em prêmios por venda de rifas) – praticamente feriado na cidade, com os alunos das escolas em fila em conjunto com os comerciantes e fazendeiros mostrando o produto da coleta das ultimas semanas.

De Inle Lake seguimos para Mandalay, que vai merecer um capitulo só para ela.

Ate a próxima

Zeco e Veva

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