quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Doubtful Sound - Sea Kayaking

Oi turma,

Remar nos fiordes da New Zealand e uma experiencia unica. Cenarios sempre maravilhosos e impressionantes.

E Doubtful Sound, por ser o segundo maior fiorde da NZ ( o primeiro e o Dusky Sound ), faz deste passeio em sea kayak ser muito especial. Na foto a seguir, uma boa visao de Doubtful Sound, onde passamos 2 dias remando.

O passeio comeca com a travessia do lago Manapouri ate a barragem da hidroeletrica, que e um trabalho de engenharia a parte. Recebemos nossas roupas de remadores e seguimos para o nosso embarque.

E claro que os modelitos de remador sempre sao dignos de registro.
Roupa de neoprene, 2 casacos de fleece (1 fino e 1 grosso), jaqueta water/wind proof, gorro de fleece, bone e chapeu water proof (e o amarelo!) e a saia que previne a entrada de agua dentro do barco. O resultado e que ficamos bem protegidos do frio. Nao e uma belezura?!?!

O remo comecou bem, com pouco vento ate uma pequena ilha, onde encontramos com alguns pinguins tipicos da regiao. Ai o vento entrou a quase 20 knots, com rajadas.

Ainda bem que a area que foi a maior parte do remo estava protegida dos ventos nos dois dias.


Os fiordes sao verdadeiras paredes de granito que mergulham no mar. Mas tem locais em que formam alguns vales por onde correm os rios que se formam pelas intensas chuvas da regiao - ate 9.000 mm por ano. E as cachoeiras se sucedem, enfeitando as paredes dos fiordes.



E sempre impressionante imaginar que essas paredes foram formadas na era do gelo de 18.000 anos atraz.

A largura desses canyons nao chega a 1.000 metros, o que nos obrigava a parar de remar para poder olhar os topos das montanhas, que alcancam 1.600 metros de altura.



De remo, foram 4 a 5 horas por dia. Eramos em 8 remadores e dois guias. Estrangeiros nao residentes so nos e 1 alemao.

Acampamento em barracas sob plataforma, para nao molhar demais em caso de chuva ( a plataforma fica fixa no local). Tambem esta fixa no local do acampamento, uma grande barraca comunitaria com cadeiras e a prova de sandflies.


A noite, roupas secas e bate-papo na barraca comunitaria, com direito a vinho e muitas guloseimas e brincadeiras.

21:00hs cama...ou melhor...barraca, mesmo que tendo luz do dia, pois no dia seguinte o plano era de acordar as 6:20hs e sair remando as 8:20hs - o que cumprimos pois queriamos alcancar a ilha Queen Vitoria e tinhamos que sair d'agua ate 13:30hs.

O plano deu quase certo, pois quando chegamos a 300 metros da ilha, entrou um ventao forte que fez com que os guias cancelassem essa visita e mudassem o rumo para fazermos um lanche em um recanto protegido. Achamos que nao perdemos nada em nao indo a ilha, ja que praticamente chegamos nela e tivemos o visual dos fiordes de la.




As cachoeiras que descem dos paredoes enfeitam o visual, algumas com mais de 200 metros de altura.

Claro que ha as cachoeiras resultantes das chuvas da noite, mas esta e uma cachoeira perene e das maiores do percurso que fizemos.

Doubtful Sound e um destino ainda pouco procurado mas que vem recebendo atencao das empresas operadoras de turismo, pela sua beleza e relativamente facil acesso.



Se estiverem planejando visitar a regiao dos fiordes, Doubtful Sound deve ser incluido no roteiro. Melhor ainda se for em sea kayaking.

Ate a proxima,
Zeco e Veva

Kepler Track - Great Walk

Oi turma,

Essa publicacao e dedicada a Kepler Track, uma das 7 Great Walks da New Zealand.


Estavamos prontos para fazer a trilha de 4 dias mas, devido as ultimas nevascas, a mesma nao foi liberada para a data que estavamos planejados( foi aberta uma semana depois).

Nossa decisao foi fazer o que fosse possivel e aproveitar os dias que sobrassem para outra atividade.


Resolvemos que iriamos passar uma noite no Luxmore Hut (ha outros 3 na beira do lago Manapouri) e que iriamos ate onde fosse possivel passar.


Encurtamos a ida ate o Hut em 1:30 horas, pegando um Water Taxi ate o ponto onde comeca a subida da montanha, em meio a uma bela floresta.

A 800 metros de altura comeca a paisagem alpina e descortina uma paisagem ampla, com o lago de Te Anau contrastando com as montanhas nevadas ao fundo.

O Hut logo aparece. Esta preparado para receber 55 pessoas. Ficamos em um dormitorio em que, de nossas camas tinhamos vista para todo o vale de Te Anau.


Dia bonito, nao perdemos tempo. Almocamos e seguimos a caminhada ate o topo do Mt.Luxmore, a 1.480 metros de altura.

Muita neve no caminho, mas como ja havia sido utilizada por umas 20 pessoas, nossa dificuldade era colocar o pe nos mesmos buracos que elas haviam feito, alguns indo ate o joelho.....e nao perder o equilibrio!!!!



Do alto do Mt Luxmore o visual era impressionantemente belo.

A Kepler Track e considerada por parte dos Newzealanders como a mais bonita trilha de alta montanha, competindo com a Routeburne Track.




Nao fizemos a Kepler Track inteira mas, pelo que vimos, temos que concordar que o visual e especial.







Os contrastes de formacao, aliados a existencia dos lagos, de um lado o de Te Anau e de outro o de Manapouri, com as altas montanhas emoldurando o cenario, faz essa trilha ser um show.

E uma trilha nova, aberta em 1985 com o proposito de ser mais uma opcao de caminhada. E um sucesso e muito procurada.




Depois da caminhada de 3 horas ida-e-volta ao topo da montanha, a Dona Veva foi para o fogao preparar o nosso delicioso jantar de trilha. Com esse visual, quem nao gosta de ir para a cozinha?!?!?!


No dia seguinte retornamos para Te Anau e, para nao ter que andar mais 1:30hs, chamamos o Water Taxi pelo celular, para nos pegar na praia. Civilizado, nao acham?




Para ter ideia do que nao fizemos de caminhada, fomos a beira do lago Manapouri, de onde visualizamos as montanhas que teriamos passado caso a trilha estivesse aberta.

Ate a proxima,
Zeco e Veva

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Milford Sound - Sea Kayaking

Oi turma

Que tal este modelito?!?!?!?

Essas sao as roupas tipicas dos Newzealanders para enfrentar o frio. Alem do colete salva-vidas, da jaqueta water/wind proof, do underware de merino, a empresa forneceu tambem dois casacos de merino (um grosso e um fino).

Assim ficamos prontos para remar em Sea Kayaks duplos, nas geladas aguas de Milford Sound (12 graus centigrados).

Remar entre esses fiordes e um verdadeiro presente. Aqui a natureza nao economizou em beleza.

Dos adjetivos utilizados pelos newzealanders para as montanhas que formam os fiordes, o que eu mais gosto e "dramaticas", pois elas formam paredes que vem de alturas de ate 2.000 metros e mergulham no mar.



Aliado a essa dramaticidade, ha a beleza de cenario, com glaciais no topo das montanhas, como esse bem em frente a Veva, a 2.600 metros de altura.


Milford Sound nao e muito comprido como e possivel ver nesta foto. Mas e um porto importante para turismo e para pesca de Crayfish.

E como em toda a parte da New Zealand, tem muita historia tanto Maori quanto dos ingleses e descendentes. Alias, e impressionante como um pais novo como a New Zealand preza a sua historia e conserva boa parte de seu patrimonio.

Se de um lado Milford se abre para o mar, de outro ele esta bloqueado por altas montanhas, que sao verdadeiras paredes super ingremes, esculpidas "dramaticamente" pelo gelo (to pegando jeito no uso do adjetivo!).




O programa comeca cedo, saindo do hotel as 6:00hs da manha, viajando os 120 km ate Milford, entrando n'agua as 9:00hs, remando ate as 13:00hs, mais duas horas para almocar e outras 2 horas de viagem de volta a Te Anau, onde ficamos sediados.

Te Anau e uma cidade pequena a beira de um enorme lago, tido como o maior reservatorio de agua doce da australasia, como nos explicou o guia. Para mim, a maior curiosidade do lago esta no fato dele estar a 200 metros acima do nivel do mar e ter pontos em que a sua profundidade e de 450 metros. Ou seja, parte do lago esta abaixo do nivel do mar. Nao e o unico caso da New Zealand.

De qualquer forma, Te Anau e uma cidade aprazivel com um visual privilegiado.
Ate a proxima,
Zeco e Veva

Milford Track - Great Walk

Oi Turma

Milford Track e uma trilha que desde o ano 2000, quando aqui estivemos apos o reveillon Desbun 2000, estava em nossa lista de trackings que deveriamos fazer.

E uma das mais bonitas trilhas que ja fizemos. Felizmente reservamos com bastante antecedencia (julho/2009), pois ja esta totalmente reservada ate final de abril.

O desenho da trilha e simples, pois corre por dois maravilhosos vales que se conectam por uma passagem entre altas montanhas.

O programa comeca em Te Anau Downs, onde embarcamos em um grande barco que nos levou ao comeco da trilha. A viagem pelo lago demora 60 minutos e percorre quase 50 km.

O percurso dos 2 primeiros dias acompanha o Clinton River.

Agua transparente que permitiu ver as grandes trutas que estao prontas para serem pescadas ( Celao, e so pagar a taxa de pesca e colocar a isca na boca dos peixoes!!! ), patos de todo tipo, inclusives os Blue Ducks, que estao entre as especies ameacadas de extincao.



A trilha e muito bem estruturada, com passarelas nas areas que sao pantanosas e pedregulhadas nos demais percursos.

A floresta nos dois primeiros dias tem as Red Beech Tree, que sao tipicas desta regiao e formam um conjunto muito agradavel para caminhadas.


O vale comeca a se estreitar quando entramos no braco oeste do Clinton River.
Aqui comeca a ficar claro o impressionante efeito dos glaciais no desenho das montanhas que ladeiam o vale. Os enormes rios de gelos que corriam nesses vales entre 18.000 e 10.000 anos atras escavaram as montanhas de granito de ate 2.000 metros de altura, deixando esses estreitos vales com um visual unico.

Nessa foto e possivel ver o final do vale e ter uma visao do McKinnon Pass, por onde passaremos no terceiro dia para descer para o vale que nos levara a Milford Sound.
A trilha tem muitas historias e tem mais de 110 anos. E e explorada comercialmente desde o inicio.



A medida que vamos subindo o vale, a vegetacao vai mudando e tendo mais arbustos que arvores.






Os visuais sao magnificos e, por sorte, tivemos dois dias absolutamente maravilhosos. Sorte porque estamos na regiao dos fiordes e aqui o clima varia de forma imprevisivel.

Nos panfletos ja avisam que teriamos pelo menos um dia de muita chuva. Ou seja, 4 dias bonitos e mais dificil que ganhar na loteria!




Ali atras, o Pass ladeado por montanhas de ate 2.000 metros.

A largura do vale neste ponto e de menos que 500 metros!






Na passagem pelo vale tivemos a oportunidade de ver uma avalanche de neve pequena. A trilha foi aberta apenas apos ter sido constatado que nao havia risco de avalanches que pudessem atingir os turistas. Isto uma semana antes da data em que estavamos programados para incia-la.



Dormimos em Huts, que sao grandes abrigos de montanha, com quartos comunitarios de ate 20 pessoas. O Hut tem tambem um grande salao onde estao a cozinha e as mesas de refeicao.
Dos 40 turistas que estavam conosco no Hut, so 4 eram da New Zealand. Os demais eram ingleses, australianos, alemaes, noruegueses, americanos, israelenses, gregos, holandeses e nos brasileiros.
Toda noite o administrador do Hut(funcionario do Departament of Conservation), faz uma palestra sobre como usar o Hut e apresenta dados interessantes da regiao onde o mesmo esta instalado e o que nos espera o proximo dia, inclusive a previsao do tempo atualizada.

Na area externa tem mesas de picnic e muito sandfly, que e o borrachudo local(so o repelente local e eficiente).

A parede de granito que se ergue tanto a frente como atras do Hut sao impressionantes. Imaginem isso cheio de gelo!!

Dia bonito e quente. Descanso merecido depois de 6 horas de caminhada carregando nossas mochilas de 50 litros.








No terceiro dia saimos bem cedo para tentar passar o McKinnon Pass, a 1.154 metros acima do nivel do mar, com tempo bom. Estava com ceu azul e nuvens comecando a entrar no vale. Duas horas depois, quando chegamos no alto do Pass, garoa e vento forte. Coisas dos fiordes!!






Nesse dia e no proximo, tivemos dias umidos, variando entre garoa e chuva torrencial.

A floresta deste lado e forrada de linquens e musgos, por ser mais umida, o que da um colorido especial na paisagem.



O premio com este monte de agua que caiu e que tivemos um show de cachoeiras descendo as paredes de 1.000 metros de altura por todo o caminho do Arthur River Valley.



Tem tambem algumas belas cachoeiras perenes muito bonitas. A maior, Sutherland Falls, de 300 matros de altura, nao fotografou bem!!






Algumas travessias de rio sao feitas por grandes pontes, o que da um colorido na aventura.








Concluimos entusiasmados a trilha de 56 km, mesmo embaixo de chuva e reafirmamos que esta e, pela caracteristica de ter seu percurso dentro dos fiordes e em fundo de vales tao profundos e estreitos, como uma das trilhas mais bonitas que fizemos.

Ate a proxima,
Zeco e Veva

sábado, 7 de novembro de 2009

Queenstown - Ultima semana

Oi turma,

Estamos encerrando nossa temporada em Queenstown e vamos brinda-los com uma visao 360 graus do pico do Mt Ben Lomond, que fica bem atras da cidade. O pico fica a 1.750 metros acima do nivel do mar e oferece uma das vistas mais espetaculares da regiao.


Realmente fiquei meio cansado mas entusiasmado com o visual. Afinal foram 1.400 metros de subida ou o equivalente a subir duas vezes a Serra do Mar.

Fizemos outras trilhas de despedida e tambem com visuais maravilhosos.

Como esta visao do caminho para Glenorchy.

Ou esta paisagem do Lake Sylvan.



Que tal este visual da trilha do Dart River Valley.


Ou o nascer da lua cheia no meio das montanhas!



Ou esta visao do Gibbston Valley e as suas vinicolas, emolduradas pelos picos nevados.





Ou o visual do alto do Flat Top Hill, com o Clutha River em primeiro plano (e um dos mais importantes rios da regiao e onde estao as principais hidroeletricas do sul) e a cidade de Alexandra ao fundo.





E para fechar a temporada, um bom almoco saboreando frutos do mar da New Zealand - Crayfish, salmao, calamari, prawns, scallops e mariscos regados por um bom vinho Sauvingnon Blanc local.
Nos proximos 15 dias estaremos fazendo as trilhas e passeios na regiao do Fiordes, com novos desafios e novos visuais.
Ate a proxima,
Zeco e Veva