terça-feira, 27 de outubro de 2009

Queenstown e Greenstone/Caples track

Oi turma,

Estamos de volta para relatar as nossas mais recentes aventuras. Continuamos muito encantados com os belos cenarios que estamos encontrando em cada trilha e passeio que estamos fazendo.

E o fato de estarmos instalados aqui em Queenstown nos da oportunidade e tempo para conhecermos todas as trilhas e passeios disponiveis da regiao. Nao so passeios mas tambem jogos que estao diponiveis no parque da cidade, como o Frisbee Golf. Sao 18 "buracos" com diferentes graus de dificuldade que estao espalhados no parque. E um bom passatempo para final de tarde, ja que esta anoitecendo as 20:30 (e tem campeonato oficial deste jogo).



Fizemos tambem um pequeno cruzeiro no lago, em um navio que e movido a carvao e esta em operacao desde o inicio do seculo passado.

Muito bem conservado, com bom bar e pianista tocando boa musica para os passageiros aproveitarem o visual. Nos surpreendeu como o lago de Queenstown e grande e como so da para perceber quando estamos navegando. Provavelmente nao tinhamos esta sencacao de grandeza porque as montanhas ao redor tem 2.000metros de altura.

Estamos tendo dias bonitos de primavera alternados com dias chuvosos e frios. Neste dia, no cruzeiro, estavamos em um dia premiado!
Mantemos a rotina de estarmos fazendo trilhas de um dia para nos preparar para os Great Walks - Milford Track e Kepler Track.
Com este objetivo e aproveitando o tempo bom, nos mandamos para Wanaka para fazer a caminhada ate o Mount Aspiring Hut.
Belissima caminhada de 5 horas rodeados de montanhas nevadas.

Logo no principio, passamos por esta visao do Rob Roy Glacier, que e uma trilha adjacente e que ja fizemos em marco.

Depois seguimos por um longo vale ate chegar ao Hut. Nossa opcao nao foi de pernoitar no Hut, mas o visual estava bem convidativo!



Ja que estravamos em Wanaka, fomos visitar o PuzzlingWord.

Super interessante conjunto de atracoes com efeitos visuais que desafiam a nossa comprensao, como a desses predios que parecem cederem com o nosso empurrao, ou internamente com a sala em que centenas de rostos parecem que estao olhando para voce onde quer que voce esteja e, a medida que voce anda eles continuam te olhando. Muito louco!


Atraz do conjunto tem um grande labirinto cujo o desafio e atingir os quatro vertices em meia hora. Conseguimos cumprir o desafio mas demoramos mais 40 minutos para conseguir achar a saida!!!

E para desafiar a compreensao dos mortais, a Veva foi dar uma ajuda para levantar a torre do relogio.



Mas nem tudo e farra e diversao. E como estamos aqui para nos prepara para longas caminhadas, resolvemos fazer uma trilha de 4 dias. A previsao do tempo nao era das melhores mas decidimos partir para a empreitada assim mesmo.
Escolhemos as trilhas Caples/ Greenstone que sao proximas de Queenstown e se conectam cruzando uma montanha.

Mochilas nas costas, a da Veva de 40 litros e a minha de 50 litros, com tudo o que e necessario - roupas, comida para 4 dias, sleeping bags, panelas, fogareiro e gas - e nos mandamos para a aventura.
No primeiro dia tivemos garoa todo tempo, mas os outros foram mais aproveitaveis, como da para ver nesta visao do vale do Caples.

No segundo dia foi o dia do desafio.
A trilha seguia ao lado do Caples River por dentro de uma floresta com muita raizes e rochas, o que dificultava a evolucao. Sem contar que tinhamos que atravessar diversos rios pulando de pedra em pedra e, as vezes com apoio de arvores caidas, com o objetivo de nao molhar os pes ( o que tivemos sucesso parcial).

Para se ter uma ideia do desnivel que enfrentamos nesse dia inclui este diagrama que mostra a evolucao do terreno nos 60 km de trilha.
No primeiro dia fomos dormir no segundo hut vindo da esquerda para a direita. O segundo dia, que foi o de subir de um lado e descer do outro(este trecho especialmente ingreme e dificil) demoramos 8 horas.

Mas o esforco tem suas compensacoes e o visual na alta montanha e um premio que vale o passeio.

As mochilas podiam estar um pouco pesadas mas ficamos felizes de termos cumprido este percurso. Bom tambem para programarmos os proximos desafios.




No terceiro dia, com este visual do vale do Greenstone River comecamos a nossa caminhada de 6 horas.
Este e o tempo normal entre huts que teremos que enfrentar nas longas caminhadas e concluimos que escolhemos bem estas trilhas como teste para os nossos planos.
Confesso que chegamos meio acabados mas agora sabemos que o que nos espera e algo parecido e que teremos que manter os treinos ate la.

Afinal estamos aqui para aproveitar as belezas da natureza da New Zealand e de sua muito boa estrutura para atividades outdoor.
Para quem gosta de altura, no meio das trilhas e comum passar por pontes como esta, que cruzam por cima de gargantas de rios a mais de 30 metros de altura!!!! Muito bonito!!!


Como ninguem e de ferro e para comemorar o sucesso da empreitada, dedicamos o ultimo final de semana para visitarmos as vinicolas da regiao e degustar os bons vinhos Sauvignon Blanc e Pinot Noir. Os queijos tambem sao nacionais e bem bons.
Ate a proxima,
Zeco e Veva















terça-feira, 13 de outubro de 2009

Queenstown - filme

Oi turma,

Atendendo pedidos, visao de Queenstown e regiao, do alto de Queenstown Hill.

Ate a proxima,
Zeco e Veva

Conhecendo o extremo sul da New Zealand

Oi turma,

Estamos de volta de nosso passeio pelo extremo sul da New Zealand.

Foi uma semana muito boa e com muitas boas surpresas. As principais cidades que visitamos nesse percurso foram Dunedin, que e a capital da regiao de Otago, e Invercargill, que e a capital de Southern Lakes.

Para facilitar o entendimento de nosso percurso, estamos incluindo o mapa do extremo sul do pais. Queenstown esta a esquerda, um pouco acima do meio deste mapa. A rota que fizemos foi a que as estradas estao em vermelho, do lado esquerdo inferior do mapa, comecando em Dunedim, passando pela regiao de Catlins, cidades de Invercargill, Tuatapere e Te Anau.

O tempo variou bastante e atrapalhou mesmo so no final da viagem, em Te Anau. Como vamos voltar para a regiao em novembro, nao nos preocupamos muito com os registros fotograficos. E, afinal de contas, estamos na primavera.......que friiiioooo!!!


Comecamos por Dunedin, que e uma cidade portuaria construida pelos ingleses inicialmente para escoamento do ouro das minas da regiao de Queenstown. A cidade se firmou como a mais importante desta regiao e recebeu muitos investimentos, como a estrada de ferro, cuja estacao aparece nesta foto.


Outra construcao que impressiona pelas dimensoes para a epoca em que foi construida e o da Universidade de Otago. E de 1890 e foi criada no conceito de formar profissionais com o mesmo nivel de excelencia que as faculdades inglesas da epoca.

A Universidade continua crescendo e atualmente conta com 25.000 alunos ( e muitos outros predios, construidos nos ultimos 100 anos), cobrindo todas as areas de interesse academico.

Interessante que a preocupacao por ter ensino de excelencia, alem de ser parte da cultura de formacao de cidadoes prontos para competir no mercado de qualquer Pais (boa parcela dos Newzealanders vao trabalhar no exterior), tambem esta associada ao atendimento aos povos asiaticos, que para ca se dirigem para ter boa formacao em ingles. De 10 a 15% dos alunos sao estrangeiros.


A cidade tem tambem algumas boas curiosidades, como a da cervejaria mais antiga da NZ, com 130 anos, a Speight's.

Visita muito proveitosa pelas instalacoes bem mantidas, como desta sala de fermentacao e de outra, onde ainda utilizam grandes toneis de madeira de Kauri.

E claro que o grande final foi a etapa da degustacao....ainda bem que nao estavamos dirigindo, pois sao 6 tipos diferentes de cerveja e tava dificil de definir qual seria a preferida.


Outra visita que nos deliciamos foi a fabrica de chocolates Cadbury.

E uma tradicional marca inglesa, com fabricas espalhadas pelo mundo. Aqui sao fabricados os ovos de chocolate para distribuicao por toda regiao do Pacifico, e os produtos que sao especialmente sucesso local, como o peixe de mashmallow coberto de chocolate e os botoes de chocolate.

E como toda cidade britanica que se preze, tem um belo e bem estruturado jardim botanico.





Por conta da exploracao de ouro e de madeira entre 1862 e 1900, algumas fortunas foram construidas. O castelo Lanarch(o unico da NZ) foi construido pelo banqueiro e explorador de ouro de mesmo sobrenome, para agradar a sua primeira esposa ( que nao gostou muito mas a segunda e a terceira gostaram!!).

A fortuna nao durou e Lanarch foi a bancarrota por volta de 1890.

Dunedin fica em uma regiao onde passam as correntes geladas do sul. Com isto e muito comum encotrar nas praias leoes marinhos, focas e pinguins.

Um dos especimens de pinguim que estao em risco de extincao e que so aparecem por aqui e o pinguim de olho pintado de amarelo. Estivemos em um centro muito interessante, que procura criar condicoes protegidas para procriacao natural desses pinguins.

De Dunedin partimos para a regiao conhecida como Catlins, que e um destino turistico que esta comecando a ser divulgado. Dias bonitos pela regiao costoeira do sul, passando pelas centenas de fazendas de carneiros e visitando algumas praias bonitas, uma das quais com madeiras petrificadas que impressionam pois sao troncos de madeira que estao no meio das rochas, e muitas cachoeiras.

Nossa selecao para este percurso e essa foto do farol de Nugget Point. Muito bonito!

A regiao e meio inospita e o vento bate forte.

As arvores da foto sao um registro da forca dos ventos. Assim como estas, ha muitas outras. A curiosidade desta e que a florestinha inteira esta "deitada" pela acao do vento.

Passamos por Fortrose, onde vimos o grande movimento de pesca de whitebaits. E um peixinho menor que um lambari e que vem dos mares e sobem os rios da ilha sul aos milhoes, nesta epoca do ano. E um sucesso e e vendido como especiaria.
Chegamos a Invercargill e nos deparamos com uma cidade mais bem estruturada do que estavamos esperando. Belos jardins, centro comercial bem diversificado e organizado, e algumas construcoes antigas, como este teatro.


Mais uma curiosidade que nos deparamos nessa viagem foi com uma floresta de arvores datadas de ate 1.000 anos e que nao sao tao festejadas como as arvores Kauri, que chegam a 2.000 anos.
As Kauris sao maiores mas as arvores Totara tambem impressionam pelo tamanho. Tai na foto a Veva ao lado de uma de 1.000 anos.

Essa foi o nosso passeio pelo extremo sul. Instrutivo nao?
Ate a proxima,
Zeco e Veva